domingo, 20 de novembro de 2016

Ao lado de Serra, tucanos pedem Alckmin em 2018

Pedro Venceslau – O Estado de S. Paulo

Prefeitos e dirigentes do PSDB paulista usaram ato político realizado ontem, em um clube da capital, para defender a realização de prévias para escolher o candidato do PSDB à Presidência da República em 2018. Durante o evento, o nome do governador Geraldo Alckmin, que postula a vaga, foi exaltado. Em um discurso inflamado, o prefeito eleito da capital, João Doria, disse que o instituto das prévias “não divide o partido”.

“Vamos deflagrar a onda azul das prévias nacionais do PSDB. É assim que se faz democracia”, disse Doria. Em seguida, o prefeito eleito afirmou que pretende “digitar o voto em Alckmin” na eleição interna.

“Não é por arranjo, não é por acerto. É pelo voto que Alckmin será eleito presidente da República.” Também postulante à vaga de candidato ao Palácio do Planalto, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, estava na mesa principal do evento.

Ao iniciar sua fala, Serra, que não fez campanha para Doria na disputa pela prefeitura, não citou o empresário ao cumprimentar os presentes. O esquecimento irritou o presidente estadual do PSDB, Pedro Tobias.

“Ele citou o nome de todo mundo, mas esqueceu do Doria. A eleição já acabou. Bola pra frente”, disse o dirigente ao Estado. O senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e também pré-candidato à Presidência, era esperado no ato, mas não compareceu devido a compromissos em Brasília.

O evento, que reuniu todos os prefeitos eleitos do PSDB em São Paulo, foi marcado pelo mote “Brasil para frente, Geraldo presidente”.

“Cada um de vocês, prefeitos eleitos, deve ser cabo eleitoral do Geraldo Alckmin para presidente em 2018 e de um tucano para governador”, disse Pedro Tobias.

O ministro da Justiça, Alexandre Morais, que também defendeu a realização de prévias para 2018, exaltou Alckmin como “o maior líder nacional do PSDB” e defendeu que a eleição interna no partido seja direta e aberta a todos os filiados.

Já o discurso de Serra foi protocolar. Ele defendeu o governo Michel Temer e disse que o PSDB tem responsabilidade com a atual gestão. “Temos que tomar cuidado para não nos dividirmos, ou o adversário, que nós derrotamos, volta”, disse o ministro.

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