segunda-feira, 15 de junho de 2015

Cunha ironiza vaias de petistas

- O Globo

Após ser vaiado no 5 º Congresso do PT, em Salvador, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha ( PMDB- RJ), usou sua conta no Twitter para fazer o contra- ataque. Em uma série de mensagens, o parlamentar disse que ser hostilizado por petistas significa estar no rumo correto.

"Quero agradecer as manifestações de hostilidade no congresso do PT. Isso é sinal de que estou no caminho certo. (...) E, realmente, ficaria preocupado se eles me aplaudissem porque seria sinal de que eu estou fazendo tudo errado", completou.

O presidente da Câmara, em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", publicada ontem, afirmou que, se o vice- presidente da República, o peemedebista Michel Temer, deixar a articulação política do Planalto, o PMDB romperá com o governo. E que seu partido não repetirá a aliança com o PT nas eleições de 2018. No Twitter, ele reforçou a ideia: "O PMDB está cansado de ser agredido pelo PT constantemente e é por isso que declarei ao Estadão que essa aliança não se repetirá".

Procurados, petistas e peemedebistas minimizaram a crise, descartando a possibilidade de Temer deixar a articulação política do governo. Congresso, mas cujas exigências avancem ao longo de 30 anos, chegando no fim do período a uma regra em que a soma do tempo de contribuição com a idade para a não aplicação do fator seja de 100 anos ( mulheres) e 105 anos ( homens).

A preocupação central do governo é com a fragilização crescente da Previdência, devido ao aumento da longevidade da população. Segundo essa proposta, a fórmula 85/ 95 entraria em vigor agora, mas a cada dois anos a soma do tempo mínimo de contribuição e idade aumentaria em um ano para as mulheres. Para os homens, a cada três anos, a soma aumentaria um ano. Há a possibilidade de o governo negociar uma carência de cinco anos para o início do aumento das exigências. Segundo técnicos, isso levaria à vigência do cálculo "100/ 105" apenas em 2048.

Estudo sobre idade mínima
Na avaliação de auxiliares presidenciais, esse sistema seria mais fácil de transitar no Congresso e nas centrais sindicais e não precisaria ser aprovado por proposta de emenda constitucional ( PEC), na qual o governo precisa de ao menos 308 votos na Câmara e 49 no Senado — com votação em dois turnos.

Fontes disseram ao GLOBO que as condições políticas não são favoráveis a uma PEC neste momento.

Há estudos também para a adoção de idade mínima, de 55 anos para as mulheres e 60 anos para os homens. Essa proposta, porém, é rejeitada historicamente pelas centrais sindicais. Elas argumentam que a medida prejudica quem começa a trabalhar mais cedo.

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