sábado, 25 de agosto de 2012

Alckmin causa revés à campanha tucana em Manaus

Líder em pesquisa, Arthur Virgílio ameaça sair do partido após ação de governador de SP contra Zona Franca

Fernanda Krakovics

BRASÍLIA O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, abriu uma crise nacional no PSDB ao jogar contra uma das poucas candidaturas do seu partido em vantagem nas eleições municipais. Ele entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), no Supremo Tribunal Federal (STF), questionando os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, medida que virou mote de campanha dos adversários de Arthur Virgílio, candidato tucano à prefeitura da capital amazonense.

Virgílio, que lidera as pesquisas de intenção de voto, chegou a ameaçar deixar o partido após as eleições, seja qual for o resultado alcançado no pleito:

- Esse partido não tem apetite para disputar o poder. Perdendo três eleições seguidas (para presidente da República), acostumou-se com esse negócio de vice (segundo lugar). Estou farto. Ganhando ou perdendo a eleição, vou avaliar se fico nesse partido, porque a base de um partido é a solidariedade. Foi simbólico eu ter perdido a última eleição (para o Senado) para o Lula, mas não foi simbólico para o meu partido me defender. Não vou ficar perdendo meu tempo - disse Virgílio ao GLOBO, ontem.

PSDB busca Justiça Eleitoral

Ele afirmou que rompeu com Alckmin no ano passado, quando escreveu uma carta para o governador de São Paulo sobre a guerra fiscal. A Adin foi protocolada na semana passada. A assessoria de Alckmin explicou que ações semelhantes foram impetradas contra outros quatro estados para tentar reverter prejuízos a São Paulo.

Sobre a guerra entre Alckmin e Virgílio, o presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), disse que não vai se meter. Ele afirmou que o partido entrou com pedido de resposta na Justiça Eleitoral à propaganda da candidata Vanessa Grazziotin (PCdoB), que está em segundo lugar. "Os aliados do PSDB querem tirar os empregos de milhares de trabalhadores e o sustento de suas famílias. Precisamos resistir", afirmava mensagem no programa de TV de Grazziotin.

FONTE: O GLOBO

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