sábado, 20 de fevereiro de 2010

A babel petista

DEU EM O GLOBO

Congresso atrai correntes variadas, e centralismo predomina

BRASÍLIA. O assembleísmo continua como uma forte marca no PT, o que dá clima de festa e campanha nas reuniões do partido, em Brasília. No 4oCongresso Nacional do PT, com plenárias sobre tudo em cada uma das dezenas de salas e auditórios alugados pelo partido no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, não foi diferente. Mas o que prevalece, mesmo com todas as discussões, é o centralismo do comando nacional do partido.

É a oportunidade para as correntes mais radicais, e minoritárias, se manifestarem, e com muito barulho. Os defensores das emendas que flexibilizavam o poder do Diretório Nacional ou mesmo que pediam o rompimento do pré-acordo com o PMDB arrancavam muitos aplausos, mas, na hora de votar, dois ou três gatos pingados levantavam os crachás.

— O que o Michel Temer disse quando as centrais foram lhe pedir agilização na redução da jornada? Talvez daqui a quatro anos! Vamos manter essa aliança para continuar o balcão de negócios que levou ao mensalão? Não!! — bradou Marcos Sokol, da corrente O Trabalho.

Nos três dias do Congresso Nacional do PT, que terá seu ponto alto hoje de manhã, com o discurso da chefe da Casa Civil, ministra Dilma Rousseff, petistas históricos, alguns envolvidos no escândalo do mensalão, fizeram muito sucesso entre a militância. Como José Dirceu, que, assediado por todos os lados, posou para foto até com homens caracterizados de palhaço.

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