sábado, 13 de maio de 2017

Opinião do dia – Roberto Freire

Há um ano, quando Temer assumiu a Presidência da República, poucos imaginavam que o Brasil seria capaz de se reerguer e sair do fundo do poço em tão pouco tempo. O caminho que temos pela frente ainda é longo e árduo, mas os primeiros passos foram dados e servem como alento para que a população não perca a esperança no país. Atravessaremos essa transição com um governo corajoso e reformista, que nos levará ao porto seguro de 2018.

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Roberto Freire é ministro da Cultura, em artigo “O governo das reforma”, Blog do Noblat, 12/5/2017

No balanço de governo, Temer critica Dilma e pede pacificação

Propaganda em panfleto lembra recessão herdada da ex-presidente

Bárbara Nascimento, Eduardo Barretto e Manoel Ventura | O Globo

-BRASÍLIA- No discurso da cerimônia promovida para marcar o primeiro ano de seu governo, ontem no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer alfinetou a expresidente Dilma Rousseff, mas pediu “pacificação”. O peemedebista chegou a se corrigir ao dizer que estava comemorando um ano: estaria apenas “registrando”.

Temer prometeu que, no próximo aniversário de governo, em 2018 — às vésperas da campanha eleitoral —, entregará um país “reestruturado e muito mais feliz”. Ele voltou a dizer que tem o “dever” de liderar a “travessia”, em referência à metade do mandato que herdou de Dilma.

É a quarta vez que Temer aborda a pacificação em três dias, desde que o ex-presidente Lula depôs pela primeira vez ao juiz Sergio Moro, na Operação Lava-Jato:

— Faltava pacificar o país. Nós não queremos brasileiro contra brasileiro. Nós queremos brasileiro com brasileiro.

Sem citar nomes, Temer criticou a relação ruim da petista com o Congresso. Temer foi vice de Dilma de 2011 a 2016.

Governo negocia manter por dois anos imposto sindical obrigatório

Tempo de carência pode ser estabelecido por medida provisória

Júnia Gama | O Globo

-BRASÍLIA- Emissários do governo abriram negociações nos bastidores com algumas lideranças na Câmara para suavizar o dispositivo que acaba com a obrigatoriedade do imposto sindical, aprovado no âmbito da reforma trabalhista no fim de abril. A ideia é estabelecer uma transição sobre o tema. A discussão gira em torno de estabelecer um período de cerca de dois anos até que o imposto seja tornado facultativo. A medida poderá ser feita por meio de medida provisória a ser editada após a aprovação do texto no Senado, para que ele não tenha de retornar à Câmara.

Interlocutores do Palácio do Planalto dizem que o ponto mais problemático da reforma trabalhista é justamente o fim do imposto sindical, que não estava previsto no texto original, mas foi incluído pelos deputados e aprovado com ampla margem. Segundo auxiliares do presidente Michel Temer, estão em andamento conversas com deputados para fazer ajustes neste ponto.

Em balanço, Temer fala de 'herança maldita'

Presidente anuncia fim da recessão, mas alguns números apresentados apontam efeitos da retração ainda presentes

Eduardo Rodrigues, Lu Aiko Otta e Ligia Formenti | O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Para marcar o primeiro aniversário de seu governo, o presidente Michel Temer anunciou nesta sexta-feira, 12, o fim da recessão. A volta do País “aos trilhos do crescimento” foi apresentada com base em indicadores que mostram alguma melhora, mas, ao mesmo tempo, alguns dados apontam que os efeitos da retração ainda estão presentes.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse, por exemplo, que o consumo de energia elétrica aumentou 20% no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses do ano passado.

Dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) mostram que o consumo no Brasil ainda não retornou aos patamares de um ano atrás. Em abril, houve queda de 7,3% em relação ao mesmo mês de 2016. Nos primeiros nove dias de maio, há uma nova baixa, de 0,5%.

Estratégia contra crise coincide com pesquisas do PMDB

Não foi à toa que Temer revidou o discurso do 'nós contra eles', entoado por petistas: levantamento do partido indica que a maioria da população está mais preocupada com resultados do que com ideologia

Vera Rosa | O Estado de S.Paulo

Na cerimônia para comemorar um ano de governo, o presidente Michel Temer construiu uma narrativa na qual a crise econômica e a política ficaram para trás, mesmo com a Lava Jato investigando ministros e integrantes da base aliada e o desemprego atingindo 14,2 milhões de trabalhadores. Tudo foi planejado para apresentar um governo de “resultados”, também mostrado em vídeos de aniversário exibidos no Palácio do Planalto.

A estratégia coincide com pesquisas do PMDB, indicando que a maioria da população está mais preocupada com resultados do que com ideologia. Não foi à toa que Temer revidou o discurso do “nós contra eles”, entoado por petistas. “Não queremos brasileiros contra brasileiros. Queremos brasileiros com brasileiros”, insistiu.

Casal acusa Dilma de crime e reforça que Lula era o chefe

‘Ela sugeriu levar dinheiro para Cingapura’

‘A minha garantia (de receber) era Lula’

Graça foi criticada porque ‘fechou torneira’

Íntimos dos ex-presidentes Lula e Dilma e responsáveis por suas campanhas em 2006, 2010 e 2014, João Santana e Mônica Moura complicaram mais a situação dos petistas com depoimentos explosivos à Lava-Jato. Mônica contou que foi orientada por Dilma a transferir da Suíça para Cingapura dinheiro de caixa dois da Odebrecht — o que, para especialistas, é crime de obstrução de Justiça. Também disse que a petista avisou que o casal seria preso. Perguntada como sabia que iria receber, a delatora disse que “a garantia era Lula”. Mônica relatou até como pagou cerca de R$ 40 mil para o cabeleireiro de Dilma mesmo depois da eleição. Os ex-presidentes negaram as acusações dos marqueteiros, que comprometem também os ex-ministros Palocci e José Eduardo Cardozo.

A desconstrução de Dilma

Petista mandou transferir conta para Cingapura e alertou sobre prisão, dizem Mônica e Santana

Eduardo Bresciani e Carolina Brígido | O Globo

BRASÍLIA - Os vídeos da delação premiada de João Santana e Mônica Moura expõem detalhes da conduta da ex-presidente Dilma Rousseff e demonstram o conhecimento dela sobre pagamentos irregulares em sua campanha e a preocupação de que tudo viesse à tona na Operação Lava-Jato. De acordo com os relatos, Dilma sugeriu ao casal transferir uma conta no exterior da Suíça para Cingapura — o que, segundo especialistas, configura crime de obstrução à Justiça —, avisou sobre sua iminente prisão e tratou diretamente de caixa dois, prometendo até pagar antecipadamente em 2014.

Mônica contou que eram recorrentes os pedidos para mudar a conta do casal da Suíça para outro país. Era por esse meio que eles recebiam os pagamentos ilegais da Odebrecht. A publicitária disse que não faria isso de jeito nenhum, por não considerar que fazia algo errado. Em 2015, a sugestão de Dilma foi para transferir tudo para o país asiático.

Delação abala a imagem da presidente honesta

Colaboração de marqueteiros põe em xeque discurso de vítima usado pela ex-presidente

Pedro Dias Leite | O Globo

Um dos argumentos mais poderosos em defesa de Dilma Rousseff durante o processo de impeachment, no ano passado, era o de que se tratava do julgamento de uma pessoa honesta feito por políticos desonestos. Afinal, de um lado estava o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais articuladores do afastamento e alvo de um processo no Conselho de Ética por ter contas secretas na Suíça. Hoje, cumpre pena em Curitiba. Do outro, Dilma, uma presidente contra quem não pesava, pessoalmente, uma acusação sequer de corrupção.

‘A minha garantia era Lula’, afirma Mônica sobre dívidas

Marqueteira foi questionada sobre como cobrava valores via caixa 2

Renata Mariz | O Globo

BRASÍLIA - Ao relatar que tomou “cano” da Andrade Gutierrez e de Nicolás Maduro, atual presidente da Venezuela, na campanha que reelegeu Hugo Chávez em 2012, a empresária Mônica Moura foi questionada como fazia as cobranças de valores acertados por meio de caixa dois sem contrato formal. Ela disse que a garantia era o ex-presidente Lula, e que o marido, o marqueteiro João Santana, chegou a pressioná-lo para receber valores nunca pagos. Lula teria pedido calma, disse ela.

— A minha garantia era Lula. Eu confiava muito em Lula, que ele ia resolver. E no nosso próprio trabalho, que foi crescendo de uma maneira que...

De forma mais específica, a investigadora pergunta como exatamente Mônica falava com o executivo da Andrade Gutierrez, que arcou com uma parte da campanha de Chávez por caixa dois, na Venezuela:

Palocci troca defesa e decide fazer acordo de delação premiada

Por delação e liberdade, Palocci deixa seu advogado de confiança para negociar com Lava Jato

José Roberto Batochio, criminalista há cinquenta anos, não aceita patrocínio de causas com colaboração premiada e passa procuração a profissionais de Curitiba, onde ex-ministro de Lula e Dilma está preso desde setembro de 2016

Fausto Macedo, Julia Affonso e Ricardo Brandt | O Estado de S. Paulo

O ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda e Casa Civil/Governos Lula e Dilma) decidiu fazer delação premiada. Nesta sexta-feira, diante da promessa de que ‘muito em breve’ poderá ganhar a liberdade, ele comunicou seu advogado de confiança, o veterano criminalista José Roberto Batochio, que não precisa mais de sua assistência. Palocci está preso desde setembro de 2016.

Nesta sexta-feira, 12, a jornalista Vera Magalhães, do Estado, adiantou que a Operação Bullish, deflagrada pela Polícia Federal, teve peso decisivo para Palocci, enfim, fazer delação premiada. O ex-ministro é investigado na Bullish, que apura fraudes no financiamento do BNDES à JBS.

Petistas apostam em ataque de ex-ministro a Lula

Delação de Palocci era dada como certa por integrantes do PT já que ex-presidente é o único alvo que a Operação Lava Jato ainda não conseguiu alcançar

Ricardo Galhardo | O Estado de S.Paulo

A delação de Antonio Palocci é dada como certa entre petistas desde a semana passada. Na abertura da etapa paulista do 6.º Congresso Nacional do PT, na sexta-feira da semana passada, a “traição” do ex-ministro era um dos assuntos principais. Em tom que variava entre a indignação e a resiliência, petistas comentavam que Palocci iria entregar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em troca do acordo com o Ministério Público Federal.

A certeza dos petistas vem de recados dados por pessoas próximas ao ex-ministro da Fazenda (Lula) e Casa Civil (Dilma Rousseff) e também pela lógica da exclusão. Segundo eles, Lula é o único alvo que a Lava Jato ainda não conseguiu alcançar e Palocci, dada a proximidade com o ex-presidente até bem pouco tempo atrás, poderia preencher lacunas que dariam mais solidez às denúncias contra Lula.

Iolanda em obstrução | MervaL Pereira

- O Globo

Há tantas possibilidades de provas nos depoimentos dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que não é exagero dizer que a ex-presidente Dilma corre o risco de ser presa por obstrução da Justiça a qualquer momento, em prisão preventiva decorrente da investigação policial que foi desencadeada a partir dos relatos agora liberados para divulgação.

A prisão em flagrante não cabe neste momento, passado tanto tempo do ocorrido. Dilma Rousseff avisou por telefone que João Santana seria preso, numa clara ação de obstrução da Justiça, agravada pelo fato de que Dilma era a presidente da República na ocasião e recebia informações diretamente do então ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Ele confirmou que, “por dever de ofício”, comunicava a presidente do andamento das investigações à medida que recebia os informes da Polícia Federal. Mesmo que esse dever de ofício o obrigasse a esses relatórios, eles não deveriam ser feitos com tanta antecedência que permitisse avisos aos procurados pela Justiça com 48 horas de antecedência.

A falta do marqueteiro | João Domingos

- O Estado de S.Paulo

Ao se comportar como se estivesse num palanque, Lula deixou de defender a si mesmo

Não será nenhuma surpresa se o ex-presidente Lula, que hoje se considera o bambambã do enfrentamento à Lava Jato, chegar amanhã à conclusão de que foi um grande erro de estratégia a forma como ele respondeu ao interrogatório feito pelo juiz Sérgio Moro e por três procuradores da República na última quarta-feira.

Como em outro depoimento à Justiça, só que em Brasília, Lula discursou. E bem, porque hoje, certamente, ele não tem rival num palanque nem no domínio das massas que o seguem. Lula só se esqueceu de que ele não estava num palanque nem falava à multidão. Estava de frente a um juiz, na condição de réu numa ação que apura se é dele ou não um apartamento triplex, no Guarujá. O Ministério Público afirma que é. Lula afirma que não é.

Estratégia de confronto | Ana Maria Machado

- O Globo

Os funcionários do Teatro Municipal acabam de nos mostrar que há outras formas de protesto, dando valor a seu trabalho

Por ocasião da greve, viralizou na internet a foto de um tapume. Nele, grande e legível, uma frase de minha autoria: “A Biblioteca Nacional deve ser motivo de orgulho de todo brasileiro. Um sistema de boas bibliotecas públicas é essencial para a democracia: ao facilitar o acesso do cidadão ao livro, ajuda a pensar por conta própria, estimula a imaginação e alimenta as defesas contra o autoritarismo e a opressão.” Ao lado da citação, um bando de policiais protegidos por escudos e capacetes, armados de cassetetes, revólveres à cintura. Não se sabe se prestes a atacar ou a se defender encolhidos. Mas dispostos ao embate físico.

Sem dinheiro para ‘Avançar’ | Adriana Fernandes

- O Estado de S.Paulo

Aumento dos investimentos é impedido pela barreira do caixa vazio

O governo rebatizou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) com o nome de “Avançar”, mas a retomada dos investimentos no Brasil – públicos e privados – vai caminhar muito mais devagar do que projetam os auxiliares do presidente Michel Temer. Tudo indica que a recuperação será ainda muito lenta e pode impedir uma aceleração mais rápida do crescimento e a melhora do emprego até 2018, no final do mandato do presidente.

Não há dinheiro nos cofres do Tesouro para bancar os investimentos públicos previstos no orçamento e muito menos garantir qualquer tentativa do governo de dar uma turbinada nos projetos. Pelos cálculos de técnicos experientes da área orçamentária, ao final do terceiro trimestre, a Esplanada para de vez. Não haverá mais dinheiro para pagar as despesas de investimento e de custeio.

- O Globo Refugiados no presente | Cristovam Buarque

Sistema previdenciário vai exigir esforço dos jovens

No momento em que seus professores fizeram manifesto justificando greve contra as reformas previdenciária e trabalhista, alunos do Colégio Santa Cruz, em São Paulo, redigiram documento defendendo as reformas. Essa manifestação tem como lógica a disputa latente e crescente, mesmo que inconsciente, entre os interesses das gerações atuais e os interesses das futuras. Os jovens começam a perceber que eles são como refugiados tentando emigrar para o futuro, impedidos por um “mediterrâneo invisível” formado por leis e opções que protegem os adultos.

Basta pensarmos em relação ao meio ambiente. Ao concentrar o conceito de progresso no crescimento da produção para atender ao aumento da renda e do consumo, comprometemos o bem-estar dos que vão herdar um mundo com as consequências da crise ecológica. Mas não se veem nos adultos de hoje os gestos necessários de comedimento na prática do consumismo.

Um ano de Temer | Suely Caldas

- O Estado de S.Paulo

Em seu 1.º discurso, ele prometia buscar confiança. Desde então, coleciona sucessos e fracassos

Como o grito Eureka!, que o cientista grego Arquimedes bradou ao descobrir a solução para um complexo dilema do rei Hierão, o presidente Michel Temer simbolizou na palavra confiança a descoberta de um novo caminho que tirasse o Brasil do caos deixado por Dilma Rousseff.

Há um ano, em seu primeiro discurso como presidente da República, ainda interino, Temer enfatizou e repetiu três vezes: “Confiança, confiança, confiança”. Prometia buscá-la e, desde então, vem colecionando sucessos e fracassos. Conquistada com falhas e lacunas, a confiança foi fundamental para derrubar a inflação. E isso não é pouco, é condição indispensável para controlar a explosiva dívida pública, reduzir os juros e retomar o crescimento econômico, entre inúmeros outros efeitos positivos para a saúde da economia. Porém a enorme falta de ética e a desconfiança em relação à classe política, sobretudo no partido do presidente, empurram o Brasil para sucessivas crises (oito ministros demitidos por corrupção) e robustecem um clima de instabilidade política que atrapalha e adia a implementação de ações voltadas para acelerar o investimento, o crescimento da economia e a geração de empregos.

Um banco amigo | Miriam Leitão

- O Globo

O BNDES aportou mais de R$ 620 milhões para o JBS comprar a National Beef nos Estados Unidos, mas a autoridade antitruste de lá vetou a aquisição. O banco, então, deixou o dinheiro com o grupo para ajudar no fluxo de caixa na crise ou para outras compras. O BNDES e o JBS eram assim: amigos. A operação de ontem está investigando várias esquisitices no tratamento que o grupo recebeu do banco.

Há de tudo, segundo se pode ver em quatro casos periciados pela Polícia Federal. Prazos que terminam e são sucessivamente prorrogados, ações convertidas a preços favorecidos, explicações contraditórias, dispensa de garantias. No caso da National Beef, a BNDESPar poderia ter cancelado a subscrição quando o negócio não pôde ser realizado. Mas não o fez.

Inocência – Editorial | O Estado de S. Paulo

É preciso uma dose cavalar de ingenuidade para acreditar que tudo o que se disse e se soube sobre Lula da Silva nos últimos dias é apenas parte de uma conspiração para impedir que o chefão petista volte à Presidência, como insistem em dizer seus sequazes. A ingenuidade é tanta que, provavelmente, ingenuidade não é.

A esta altura, quem ainda acredita, de coração, nos veementes protestos de inocência de Lula, ou bem considera o petista um santo, e por isso lhe presta inabalável devoção religiosa, ou é simplesmente tolo. A julgar pelo fiasco da mobilização promovida pelos sindicatos em Curitiba para apoiar Lula no dia em que este prestou depoimento ao juiz Sérgio Moro, parece haver cada vez menos gente disposta, voluntariamente, a se abalar pelo ex-presidente, restando em sua torcida somente aqueles que são pagos para defendê-lo, como seus advogados e os sabujos de sempre.

Marqueteiros complicam situação de lulopetistas – Editorial | O Globo

Antonio Palocci e Dilma Rousseff aparecem com destaque em delações de Santana e Moura, enquanto a imagem de Lula ser ‘chefe’ fica reforçada

Esta é uma semana para o lulopetismo esquecer. Primeiro, foi o depoimento de Lula ao juiz Sergio Moro, quarta-feira, no processo sobre o tríplex do Guarujá, em que o ex-presidente é acusado de ter recebido o imóvel da OAS como parte de propinas pagas pela empreiteira ao PT, milionário pedágio para poder fazer negócios com a Petrobras. E depois, no dia seguinte, veio a divulgação da delação premiada do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura.

É certo que Lula, Dilma Rousseff e Antonio Palocci passarão este fim de semana mais apreensivos do que o anterior. No caso do ex-presidente, havia a expectativa de um depoimento matador e de uma invasão vermelha de Curitiba. Não houve uma coisa nem outra. Lula, em alguns poucos momentos, mostrou o dom da retórica, mas não respondeu de maneira convincente à principal pergunta sobre o imóvel: recebeu ou não da OAS?

Imigração na prática – Editorial | Folha de S. Paulo

A despeito de algumas dúvidas quanto a seus efeitos, o texto da nova Lei de Migração, aprovado pelo Congresso Nacional, é meritório e merece a sanção presidencial.

Sua virtude mais indiscutível é aposentar o arcaico Estatuto do Estrangeiro, legislação dos tempos da ditadura militar repleta de dispositivos inspirados por preocupações caducas —como os que proíbem os não brasileiros de participar de atividades políticas, incluindo "desfiles, passeatas, comícios e reuniões de qualquer natureza".

O projeto votado pelo Legislativo pode ser descrito como uma peça moderna e generosa, que desburocratiza as exigências para a entrada de imigrantes e procura combater a xenofobia e o racismo.

Não obstante, o texto tem sido alvo de ataques veementes de grupos mais conservadores, que chegam a pedir que o presidente Michel Temer (PMDB) o vete por inteiro.

O pensamento de Gramsci na cultura mundial

EGEMONIA E MODERNITÀ

IL PENSIERO DI GRAMSCI IN ITALIA E NELLA CULTURA INTERNAZIONALE
18 maggio 2017 - 20 maggio 2017
ISTITUTO DELLA ENCICLOPEDIA ITALIANA
PALAZZO MATTEI DI PAGANICA SALA IGEA
ROMA PIAZZA DELLA ENCICLOPEDIA ITALIANA 4

Convegno internazionale di studi organizzato in collaborazione con l’International Gramsci Society-Italia e con l’Istituto della Enciclopedia Italiana
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giovedì 18 maggio
ore 9,30

Saluti

Franco Gallo 

Presidente dell’Istituto della Enciclopedia Italiana 
Nicola Zingaretti 
Presidente della Regione Lazio 

Relazione di apertura
Silvio Pons Gramsci e la Rivoluzione russa
 10,30-13,30 I SESSIONE 
LA BIOGRAFIA E GLI SCRITTI: ACQUISIZIONI E PROSPETTIVE

Presiede Giuseppe Vacca

Gianni Francioni I nuovi Quaderni

Leonardo Rapone Gli scritti giornalistici e politici
Chiara Daniele L’epistolario 
Maria Luisa Righi Gli affetti
Francesco Giasi La vita
Commenti di Angelo D’Orsi, Chiara Meta


> ore 15,00-19,00 II SESSIONE

EGEMONIA E FILOSOFIA DELLA PRAXIS NELLA CULTURA ITALIANA
Presiede Francesco Giasi

Guido Liguori “Gramsci conteso”: vent’anni dopo

Giuseppe Cospito Traducibilità dei linguaggi scientifici e filosofia della praxis
Giancarlo Schirru Marxismo e linguistica
Marcello Mustè La presenza di Gramsci nella storiografia filosofica e nella storia della cultura
Alessio Gagliardi Oltre il paradigma antifascista.
Gramsci e le interpretazioni del fascismo
Fabio Frosini Stato delle masse ed egemonia: note su Franco De Felice interprete di Gramsci
Francesco Dini Mercati ed egemonie fra indifferenza geografica e geografie del potere
Sergio Zilli Il racconto del paesaggio come descrizione dei rapporti di classe in Italia
Commenti di Derek Boothman, Dora Kanoussi

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venerdì 19 maggio

10,00-13,30 III SESSIONE 
STUDI GRAMSCIANI NEL MONDO GLOBALE. EUROPA E STATI UNITI

Presiede Guido Liguori

Renate Holub Gli studi culturali negli Stati Uniti

Mauro Pala Egemonia e letteratura
Bruno Settis La scuola della regolazione e il ritorno di Gramsci in Francia
Gino Satta Letture di Gramsci nell’antropologia italiana del dopoguerra
Riccardo Ciavolella Tradurre il popolo in soggetto politico.
Gramsci, l’antropologia e il populismo tra demagogia, demologia e democrazia
Javier Balsa Ernesto Laclau e l’egemonia: dal marxismo alla teoria del discorso
Panagiotis Sotiris Althusser and Poulantzas: Hegemony and the State
Commenti di Anne Showstack Sassoon, Joseph A. Buttigieg, Ursula Apitzsch


15,00-19,00 IV SESSIONE

STUDI GRAMSCIANI NEL MONDO GLOBALE. ASIA E AMERICA LATINA
Presiede Fabio Frosini

Partha Chatterjee Gramsci in India: Capitalist Hegemony and Subaltern Politics

Shigang Tian Egemonia-direzione o egemonia-dominio: un’analisi del concetto centrale della teoria politica di Gramsci
Raúl Burgos, Martin Cortés Le eredità di Gramsci in Argentina
Massimo Modonesi Subalternità e progressività: una rilettura del concetto gramsciano di rivoluzione passiva
Alvaro Bianchi America, America Latina
Alberto Aggio Il populismo con le lenti di Gramsci
Luiz Sérgio Henriques Il Brasile dopo la fine della dittatura. Riflessioni gramsciane
Commenti di Paolo Capuzzo, Marcos Del Roio, Stefano Visentin

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sabato 20 maggio

10,00-13,30 V SESSIONE 
NUOVE FRONTIERE DEGLI STUDI GRAMSCIANI

Presiede Silvio Pons

Renate Holub Gli studi culturali negli Stati Uniti

Francesca Izzo Dall’internazionalismo al “cosmopolitismo di tipo nuovo”
Alessandro Carlucci Egemonia e linguistica nella ricerca internazionale
Mark McNally The Neo-Gramscians in the Study of International Relations: an Appraisal 
Gianfranco Rebucini, Lea Durante Egemonia e studi di genere
Peter D. Thomas Post-egemonia”: un passo avanti, due indietro
Peter Ives Gramsci e l’inglese globale
Commenti di Eleonora Forenza, Marcus Green