sábado, 16 de dezembro de 2017

Painel/Folha de S. Paulo Cerco a Lula faz aliados de Alckmin o aconselharem a se firmar como o anti-Bolsonaro em 2018

Rei posto O cerco jurídico ao ex-presidente Lula levou aliados do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) a recomendarem o redirecionamento de sua estratégia. O grupo mais próximo ao tucano diz que ele precisa se firmar, o mais rápido possível, como o anti-Bolsonaro. A tese ganhou força após o TRF-4 marcar a data do julgamento do petista na segunda instância, o que cristalizou no universo político a sensação de que Lula não conseguirá chegar até o final da eleição presidencial de 2018.

Com que roupa? O realinhamento da estratégia de Alckmin passa pela leitura de que, sem Lula no páreo, o tucano terá que crescer no eleitorado que hoje aposta no deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O figurino a ser vestido é o da antítese do radicalismo.

Sei do que falo Outro flanco que poderia ser atacado é o da experiência. Alckmin seria vendido como um gestor já testado e aprovado, enquanto Bolsonaro seria a aventura, alguém que nunca exerceu cargo executivo.

Prova viva Entusiastas da candidatura do tucano já têm um discurso pronto para minimizar a capacidade de transferência de votos de Lula. Dirão que o petista, quando indicou alguém ao Planalto, errou: Dilma Rousseff.

Gastar saliva Após ouvir advogados de Lula, em ato do PT, nesta sexta (15), Dilma cobrou empenho na disseminação do discurso de que o petista pode registrar candidatura mesmo condenado. Disse que ouvir essa tese “fez o dia mais feliz”.

Namoro no portão Marina Silva (Rede) esteve nesta sexta-feira (15) com Carlos Siqueira, presidente do PSB, para tratar de 2018. Foi a primeira conversa entre os dois desde que a ex-senadora oficializou a pré-candidatura.

Sem compromisso Siqueira avisou que o PSB tem dificuldade de antecipar decisões. A sigla espera resposta de Joaquim Barbosa, convidado para disputar o Planalto, e está na mira de outros partidos.

Papai Noel Às vésperas do Natal, o governo decidiu promover o “Dia Nacional do Minha Casa, Minha Vida”. Na quarta (20), vai entregar 22.500 unidades habitacionais em todo o Brasil. Ministros foram escalados para se dividir pelo país nas cerimônias de entrega das chaves.

Lar, doce lar O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, calcula que aproximadamente 100 mil pessoas vão estar em suas casas próprias na festa natalina.

Peralta Mesmo com orientação médica para diminuir o ritmo de trabalho, o presidente Michel Temer avalia ir a Maceió –a capital que receberá mais moradias–, na quarta (20), entregar 3.900 unidades do MCMV.

Tudo ou nada Antes de o governo decidir adiar a votação da reforma da Previdência para fevereiro, alguns ministros de Temer chegaram a receber 50 parlamentares por semana. Em todas as audiências, a pergunta de como se posicionariam no plenário era obrigatória.

Velhos métodos Mesmo durante o recesso parlamentar, os auxiliares do presidente seguirão no esforço concentrado para manter viva a discussão sobre a Previdência. Os ministros dizem aos deputados que atenderão apenas as demandas daqueles que votarem a favor da proposta.

Missão impossível Procuradores e policiais federais dizem que o voto médio do julgamento sobre a prerrogativa da PF em firmar delações será um dos mais complexos da gestão da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia.

Gregos e troianos Até agora, todos os ministros divergiram em algum ponto. “Cabe ao STF julgar a constitucionalidade da lei, não criar um sistema que trará mais instabilidade”, diz Eduardo Mauat, delegado da PF.

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