domingo, 12 de março de 2017

TSE aguarda dados do computador da Odebrecht

Detalhamento de doações vai ajudar julgamento da chapa Dilma-Temer

Cristiane Jungblut e Carolina Brígido | O Globo

-BRASÍLIA- Dados do computador que armazenava informações sobre o Departamento de Operações Estruturadas, conhecido como o setor da propina na Odebrecht, vão ser usados no processo que investiga a chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). As informações, aguardadas pelos investigadores e em poder da Polícia Federal, estão prestes a ser juntadas ao processo, e podem trazer novos indícios sobre doações declaradas ou em caixa 2 para a chapa que venceu as eleições em 2014 .

Os advogados dos partidos dizem que as novas planilhas serão fundamentais para esclarecer os valores dos repasses em 2014. O problema, segundo eles, é que os dados fornecidos pela Odebrecht nos depoimentos vão até março de 2014, e o detalhamento de todo o ano eleitoral está no computador da empresa.

— Ficou visto que ninguém tem os números. A última planinha existente é de março de 2014. Falta a planilha da Suíça — disse um dos advogados que acompanhou as acareações na última sexta-feira entre ex-dirigentes da Odebrecht.

DEFESA PEDE SIGILO DE VÍDEOS
O relator do caso da chapa Dilma-Temer no TSE, ministro Herman Benjamin, disse na abertura da sessão de acareação que eles estavam ali não para confrontar versões, mas para esclarecer alguns pontos.

As defesas de executivos da Odebrecht que firmaram acordos de delação premiada pediram ao ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que mantenha sob sigilo os vídeos dos depoimentos prestados pelos seus clientes. Pelo menos 18 pedidos chegaram ao tribunal até agora. Os advogados alegam que a divulgação dos vídeos pode representar excesso de exposição dos delatores.

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