domingo, 22 de janeiro de 2017

'Nem tudo está perdido', diz Moro em referência à relatoria da Lava Jato

Gustavo Uribe, Cátia Seabra, Leticia Casado, Paula Sperb | Folha de S. Paulo

PORTO ALEGRE - O juiz federal Sergio Moro foi um dos primeiros a chegar ao velório do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki, que acontece neste sábado (21). Moro entrou antes da liberação para os demais convidados.

"Nem tudo está perdido", disse Moro em uma conversa reservada, testemunhada pela Folha, em referência ao futuro da Lava Jato. O juiz federal tem sido cumprimentado por populares e parentes de Teori por sua atuação.

Em pronunciamento, ele evitou comentar movimento que pede a indicação de seu nome pelo presidente Michel Temer para substituir Teori Zavascki.

"Todos estamos desolados. É uma perda muito grande para a magistratura e a vida continua", disse.

TOFFOLI
Emocionado, o ministro do STF José Dias Toffoli afirmou neste sábado que a morte de Teori é para ele uma "perda pessoal" e que a "seriedade", "simplicidade" e "humildade" dele marcarão "para sempre a Justiça brasileira".

O ministro classificou a morte como uma "perda para a nação brasileira e para o Poder Judiciário". Perguntado, ele respondeu que não é momento para discutir como ficará a relatoria da Operação Lava Jato a partir de agora.

"É uma perda pessoal que nos abala e que estamos ainda sofrendo bastante com a passagem do ministro", disse.

O caixão do ministro foi coberto com a bandeira nacional e foram posicionados dois telões ao lado do corpo com fotos da carreira dele. Em conversas durante o velório, Francisco Zavascki, filho do ministro, tem repetido que não sabe como aguentará a morte do pai.

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