sábado, 5 de novembro de 2016

Sindicato de policiais tentará barrar pacote

• Representantes da categoria irão à Alerj na semana que vem em busca de apoio

Renan França - O Globo

Após tomar conhecimento das medidas que o Palácio Guanabara elaborou para enfrentar a crise financeira do estado, o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro (Sindpol), Francisco Chao, disse que vai à Assembleia Legislativa (Alerj) buscar ajuda para tentar barrá-las. Segundo ele, na próxima terça-feira, representantes da categoria vão se reunir com a comissão de segurança da Casa para debater o projeto do governo. Entre as medidas que atingem os policiais estão, por exemplo, o adiamento dos reajustes prometidos em 2014 e o aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14%.

— Vamos tomar providências, pois não concordamos com as medidas anunciadas. Elas só oneram o andar de baixo. O andar de cima, onde estão o Ministério Público, a magistratura e os integrante do Tribunal de Contas, permanece com mordomias — disse Chao. — Eu não me recuso a fazer parte da solução porque sou parte interessada no assunto. Mas quero que outros atores também sejam chamados para ajudar. Vamos à Alerj, pois os deputados podem barrar o projeto.

O presidente do Sindpol afirmou que a população deverá continuar recebendo notícias tristes em todos as áreas da administração, incluindo a segurança pública.
— O estado quebrou, a previdência quebrou, e o gestor vai resolver o problema colocando a mão no bolso do servidor público. — As polícias estão trabalhando no máximo, mas, infelizmente, não será possível evitar notícias tristes. Os criminosos perderam o medo e o respeito, isso está refletido nas ruas — disse Chao.

PREVISÃO DE MANIFESTAÇÕES
O presidente da Associação dos Ativos e Inativos e Pensionistas das Polícias Militares, Brigadas Militares e Corpo de Bombeiros, Miguel Cordeiro, afirmou que haverá manifestações contra o pacote de medidas do governo.

— Seremos mais uma voz contra essas medidas. Não esperava ações assim do governo porque nunca imaginei que fariam isso com a segurança pública. O cenário está ruim e pode ficar muito pior. Contamos também com a ajuda da população para reverter o quadro.

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