terça-feira, 2 de agosto de 2016

Assessor de Teori assina manifesto a favor de Lula

• Manoel Lauro Volkmer de Castilho apoiou decisão de advogados de petista de recorrer a Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Isadora Peron e Beatriz Bulla - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - Um assessor do ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), assinou um manifesto apoio à decisão da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de recorrer a Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Manoel Lauro Volkmer de Castilho é desembargador aposentado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região e é casado com a vice-procuradora-geral da República Ela Wiecko. Ela, por sua vez, é braço-direito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A assessoria do Supremo confirmou que Castilho trabalha no gabinete de Teori, mas disse que o ministro não foi encontrado para comentar o caso.

A nomeação do desembargador foi oficializada em novembro de 2014, e foi vista como um reforço na equipe de Teori no momento em que a Lava Jato iria entrar numa nova fase, quando o Ministério Público Federal começaria a apresentar as denúncias contra os políticos citados nas delações premiadas dos envolvidos no esquema de desvios da Petrobrás.

O abaixo-assinado foi subscrito por mais de 60 pessoas e entregue ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski nesta segunda-feira, 1. O subprocurador da República e ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, também assina o documento.

No texto, o grupo defende que os advogados de Lula agiram certo em recorrer à ONU no último dia 18, em busca da “preservação dos direitos fundamentais, dos direitos humanos e do próprio Estado Democrático de Direito – que vem sendo assaltado pelos inimigos da democracia e pelo autoritarismo de agentes do Estado”.

Eles criticam as ações do juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, e afirmam que Lula sofre uma espécie de perseguição política por parte das elites que nunca aceitaram “a ascensão da esquerda ao poder”.

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