sábado, 23 de julho de 2016

Ponto final - Opinião

- O Globo

A CONFISSÃO do marqueteiro João Santana, acompanhado da mulher, Mônica Moura, ao juiz Sérgio Moro de que recebeu mesmo dinheiro de caixa dois proveniente da campanha de 2010 de Dilma Rousseff parece um golpe fatal nos resquícios de esperança que a presidente afastada poderia ter de escapar do impeachment.

É CERTO que o assunto não consta das acusações do processo de impeachment em julgamento pelo Senado. Mas como a avaliação também será política, difícil imaginar que os senadores não levem em consideração que pelo menos o primeiro mandato de Dilma está manchado pela marca da corrupção. Ocorreu também na campanha do segundo mandato, cuja marquetagem igualmente foi de responsabilidade do casal Santana, segundo delações premiadas.

E O fato, de acordo com depoimentos de Santana e Mônica, de o dinheiro ter saído de contas no exterior de Zwi Skornicki, um dos operadores apanhados pela Lava-Jato, liga de vez a recatada Dilma ao escândalo do assalto lulopetista à Petrobras, empresa na qual ela presidiu durante muito tempo o Conselho Administrativo. Fechou-se o círculo

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