sexta-feira, 29 de abril de 2016

Desemprego vai a 10,9% no trimestre e é o mais alto desde 2012

Por Robson Sales – Valor Econômico

RIO - A taxa de desemprego no Brasil aumentou para 10,9% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os 7,9% do mesmo período de 2015. A taxa é também maior que a de 9% registrada no quarto trimestre do ano passado. São 11,1 milhões de desempregados no país, segundo dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior taxa desde o início do levantamento, em 2012.

A taxa de desemprego do primeiro trimestre ficou um pouco acima da média estimada por economistas ouvidos pelo Valor Data, de 10,8%.

O aumento do desemprego se deu por causa das demissões e também por conta do número maior de pessoas que passaram a procurar trabalho, mas não encontraram.

A população na força de trabalho, também chamada de população economicamente ativa (PEA), aumentou em 1,77 milhão de pessoas (1,8%) ante os três primeiros meses de 2015. Na comparação com o quarto trimestre daquele mesmo calendário, o aumento foi de 410 mil (0,4%). Boa parte desse contingente não encontrou trabalho.

Ao mesmo tempo, a população ocupada diminuiu 1,5%, ou 1,38 milhão de pessoas), para 90,64 milhões, na comparação com o trimestre inicial de 2015. Ante os três últimos meses daquele ano, a queda foi de 1,7%, ou 1,6 milhão de pessoas.

Assim, a população desempregada cresceu 39,8% (ou 3,155 milhões de pessoas) no primeiro trimestre, para 11,1 milhões de pessoas, ante 7,93 milhões no mesmo período do ano passado. Na comparação com o trimestre anterior, o aumento foi de 22,2%, ou 2 milhões de desempregados a mais.

Renda
Ao mesmo tempo que o desemprego aumentou, a renda do trabalho diminuiu. O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 1.966) caiu 3,2% em relação ao primeiro trimestre do ano passado (R$ 2.031) e teve ligeiro aumento frente ao intervalo de outubro a dezembro de 2015 (R$ 1.961).

A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos (R$ 173,5 bilhões) teve queda de 4,1% frente ao mesmo trimestre do ano anterior e recuou 1,3% ante o quarto trimestre de 2015.

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