quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Petrobrás faz 'última proposta' de acordo trabalhista a sindicatos

• Reajuste proposto, de 9,53%, é maior que os 5,73% da primeira proposta, apresentada em setembro

Antonio Pita - O Estado de S. Paulo

RIO - A Petrobrás informou nesta quarta-feira, 11, que, em reunião com as federações de petroleiros responsáveis pela greve da categoria, apresentou uma "proposta definitiva" para acordo trabalhista. A estatal ofereceu reajuste de 9,53% nos salários e remunerações, além de manter benefícios e vantagens vigentes. A petroleira também indicou que aguarda "posicionamento favorável e encerramento das mobilizações."

"A companhia também se comprometeu a criar um grupo técnico, com representantes da Petrobrás, da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e sindicatos, para elaborar um relatório sobre itens constantes na Pauta pelo Brasil. O grupo deverá elaborar um relatório para análise da direção da empresa", afirmou a estatal em comunicado divulgado há pouco sobre a pauta política da Federação, que é contrária à venda de ativos e corte de investimentos.

A primeira proposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), apresentada em setembro, previa um reajuste de 5,73%. A empresa também propunha não rever os valores pagos para benefícios de alimentação e outros adicionais. No mês seguinte, a companhia propôs novo porcentual, de 8,11%. O valor da nova oferta apresentada hoje é equivalente à inflação acumulada em doze meses, segundo os sindicatos.

"Essa é a proposta definitiva da companhia e traduz o empenho máximo da empresa para atender às reivindicações dos empregados e seus representantes. A Petrobrás, diante dos avanços na proposta, aguarda um posicionamento favorável dos empregados e seus representantes e o encerramento das mobilizações promovidas pelas entidades sindicais", concluiu a nota da empresa.

Segundo a estatal, a proposta foi apresentada também à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), que reúne cinco sindicatos dissidentes da FUP. Ambas as federações informaram que ainda estão estudando os termos propostos pela Petrobrás para, então, emitir um parecer sobre a continuidade do movimento.

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