sábado, 13 de junho de 2015

Oposição quer convocar ministro das Relações Exteriores ao Congresso

- O Globo

• PT se queixa da imprensa e enxerga tentativa de atingir Lula e o partido

BRASÍLIA e SALVADOR- A oposição vai apresentar requerimentos de informações e de convocação do ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) e do diretor de Comunicações e Documentação do Itamaraty, João Pedro Corrêa Costa. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), quer informações sobre a revelação de que o Itamaraty agiu para esconder dados que podem comprometer o ex-presidente Lula, e também quer ter acesso aos documentos. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), defendeu a convocação de Corrêa na CPI da Petrobras.

— Não quero aceitar que o lulopetismo tenha se impregnado também em nossos quadros diplomáticos e, portanto, não vou me furtar de trazer esse tema ao Senado — disse Caiado.

O líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE), classificou o caso de "grave atentado à liberdade de informação":

— A diplomacia do país, que deveria se guiar por uma política de Estado, e não de governo, segue preceitos ideológicos.

Sampaio disse que vai protocolar representação junto ao Ministério Público para que sejam apurados suposto crime de prevaricação e atos de improbidade administrativa do ministro João Costa:

— Essa tentativa de blindagem do ex-presidente só aumenta a suspeita de que ele está envolvido em algo muito grave.

Sem citar a reportagem do GLOBO, Lula afirmou que há uma "criminalização" dele e do partido, e comparou as denúncias de corrupção contra o PT à construção de um discurso nazista:

— Como surgiu o nazismo ou o fascismo? A gente sabe como isso começa. E começa exatamente tentando desacreditar pessoas, levantar coisas sobre pessoas até que elas fiquem desacreditadas.

Para o presidente do PT, Rui Falcão, "são denúncias infundadas":

— Uma tentativa de atingir o PT e o Lula. Eles não se cansam de denúncias como essas, sem provas. É um fato costumeiro de setores da nossa imprensa.

O assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia disse que não há nenhum documento sobre a política externa brasileira que possa constranger Lula.

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