segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Economia e corrupção pautarão Congresso

• Mudanças em benefícios e políticos implicados na Lava Jato são alguns dos temas do ano

- Márcio Falcão, Ranier Bragon e Gabriela Guerreiro – Folha de S. Paulo

BRASÍLIA -Num cenário que promete turbulências econômicas, o novo Congresso terá que votar projetos com impacto direto no cotidiano da sociedade e ainda se dedicar à saúde financeira de Estados, municípios e do governo federal.

O governo vem adotando uma série de cortes de gastos e outras medidas de impacto na economia que dependerão de aval dos congressistas.

A agenda econômica tem temas espinhosos como as mudanças na concessão de benefícios trabalhistas e previdenciários e a política de valorização do salário mínimo.

Faz parte a prorrogação de um mecanismo que permite à União gastar livremente 20% das receitas de contribuições sociais (exceto previdenciárias), a DRU (Desvinculação das Receitas da União).

Estados e municípios ainda pressionam senadores para a análise de projetos que acabam com a guerra fiscal entre entes federativos.

As movimentações ocorrerão em meio às expectativas dos desdobramentos da Operação Lava Jato, que apura os desvios na Petrobras. Em breve, a Justiça deve revelar os políticos envolvidos.

Há ainda a ameaça da oposição e de parte da base governista de emplacar uma nova CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, o que ampliaria o desgaste da estatal e do governo.

A equipe de Dilma prefere restringir as investigações à Justiça para barrar um novo palco para a oposição.

Os congressistas também prometem votar reforma no sistema eleitoral, bandeira de Dilma no segundo mandato.

Na pauta social estão regras que mudam a relação patrões/empregados domésticos. Já apreciado no Senado, texto que torna a corrupção crime hediondo, resposta aos protestos de 2013, precisa de definição dos deputados.

Em meio a novos protestos em capitais por causa do aumento de tarifa, o passe livre no transporte público deve ser discutido. A medida ganhou força em 2013, mas depois da desmobilização social, acabou na gaveta.

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