domingo, 27 de julho de 2014

Panorama Político:: Ilimar Franco

- O Globo

Me dá um dinheiro aí
Políticos experientes afirmam que os gastos estratosféricos previstos pelos candidatos ao Planalto não passam de ficção. As empresas estão segurando suas doações. E a maioria delas não está disposta a dar por fora e correr o risco de cair nas mãos da Receita e da PF. As campanhas estão mais caras e o caixa dois está minguando. Por isso, todos os partidos apostam na reforma política. A festa acabou.

A falência do processo milionário
Organizações sociais já criaram pelo país 800 comitês de mobilização dos eleitores para que eles votem no plebiscito popular pela reforma política, que se realizará na Semana da Pátria (1º a 7 de setembro). Uma votação expressiva, acima de 10 milhões, pode pressionar os partidos pela mudança. Para os políticos, não há apoio para uma Constituinte, como quer o ex-presidente Lula. Mas acham viável montar o debate em cima da tese, liderada pela CNBB, de um projeto de lei de iniciativa popular. Parlamentares de todos os quadrantes consideram que o voto proporcional está falido e que é preciso mudar, seja para o voto em lista, o distrital misto ou o distrital.
-----------------------------
“No Brasil de hoje, quem atira pedra é herói e quem defende a vidraça é bandido”
José Múcio
Ministro do TCU, sobre o apoio de entidades aos que praticam manifestações políticas lastreadas na violência
----------------------------
A História se repete como farsa
Há anos os presidentes adotam a mesma tática para se livrar de constrangimentos. Sempre que o governo comete um erro político, seu Estado-Maior espalha a versão de que o presidente puxou as orelhas de um assessor trapalhão.

A cena
Em queda nas pesquisas e lutando para ir para o segundo turno, o candidato ao governo do Rio pelo PT, Lindbergh Farias, esperneou, mas não muito, com a foto da presidente Dilma com o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). Ele sabe que ela precisa dos aliados. Mas segue feliz da vida. Ele terá o ex-presidente Lula no seu palanque.

Há casos e casos
Sobre as divergências na campanha da presidente Dilma, o presidente do PT, Rui Falcão, explica que elas não se traduzem necessariamente em crise e cita como exemplo: “teve uma campanha (a de Aécio Neves) que demitiu o seu marqueteiro”.

O voto evangélico
A decisão da campanha da presidente Dilma de fazer um movimento em direção ao eleitor evangélico, segundo profissionais do marketing, pretende evitar o que ocorreu em 2010. Por causa da polêmica do aborto, na reta final do primeiro turno, a presidente perdeu três pontos percentuais, e a eleição foi para o segundo turno.

Jogo de empurra
Quando, na reunião com os partidos aliados no Alvorada, foi feita referência à questão do aborto, a presidente Dilma saiu-se com essa: “Uai! O que foi que eu fiz?”. Um dos presentes emendou: “O problema não é a senhora, é o seu partido, o PT”

O outro lado
O ex-presidente do PFL e ministro do TCU José Jorge está surpreso com a versão de que cedeu a pressões do PT para livrar a presidente Dilma do caso Pasadena. Ele garante: “Não fui procurado por ninguém, nem do governo nem da oposição”

OS CANDIDATOS A PRESIDENTE terão de abrir suas propostas na quarta-feira, na CNI. Os industriais querem saber quais são seus planos para o Brasil.

Nenhum comentário: