segunda-feira, 14 de julho de 2014

Painel - Bernardo Mello Franco (interino)

- Folha de S. Paulo

Linha dura
Paulo Skaf (PMDB), o segundo colocado nas pesquisas, apostará no discurso de lei e ordem na disputa pelo governo paulista. O empresário promete linha dura ao lidar com manifestações e greves. Diz que já teria proibido máscaras em protestos e que teria demitido os grevistas do Metrô "uma hora" após as depredações. Na campanha, martelará a ideia de que falta pulso firme ao tucano Geraldo Alckmin. "É bom ter um genro bonzinho, não um governador", provoca.

Roteiro Skaf não planeja iniciar uma corrida para visitar o maior número de cidades no Estado. Quer ir apenas a polos regionais.

Pires O peemedebista, que defendeu a cobrança de mensalidade a parte dos alunos da USP na campanha de 2010, agora quer ficar distante da polêmica. Nos bastidores, entretanto, não dá sinais de ter mudado de posição.

Paranoia Para evitar ter suas conversas captadas por escutas em seu novo comitê, Skaf tem feito reuniões com música clássica ao fundo.

Sapo sem barba Muitos petistas veem o peemedebista à direita de Alckmin. Mesmo assim, prometem apoiá-lo num possível segundo turno.

Ruído No QG de Alckmin os possíveis ataques de Skaf são vistos como um "tiro no pé". Antônio Ferreira Pinto, coordenador de segurança do peemedebista, foi um longevo secretário tucano.

Beijinho no ombro O programa de governo do petista Alexandre Padilha cita a funkeira Waleska Popozuda para criticar a gestão tucana: "A relação com os movimentos sociais e com os sindicatos é travada na base do tiro, porrada e bomba".

Reciclagem A promessa de Padilha de levar a sede do governo do Morumbi para o centro de São Paulo já foi feita no governo José Serra (PSDB), e não saiu do papel.

Recordar é viver O presidente do PT, Rui Falcão, instruiu coordenadores da campanha de Dilma a usar didatismo ao comparar os governos Lula e Dilma ao de Fernando Henrique Cardoso.

Dente de leite O petista disse que a população com menos de 25 anos não se lembra do Brasil de 2002, último ano da "era FHC".

Só na tinta O blog de Eduardo Campos está mais ativo que o da vice Marina Silva no site da chapa do PSB. Neste mês, o ex-governador publicou oito textos em sua seção, contra cinco da ex-senadora, uma blogueira ativa.

Tome, que é sua De dois deputados presentes no Maracanã sobre a entrega relâmpago da taça da Copa ao time alemão pela presidente Dilma: "Parecia uma batata quente".

Canarinho O PSDB notificou o presidente da Nike no Brasil para saber por que a loja da patrocinadora da seleção bloqueava o "Fora Dilma", mas permitia que as camisas fossem personalizadas com a inscrição "Fora Aécio".

Fatura alemã Não faltou político em assento VIP pago por empresas alemãs na final da Copa. A Volkswagen foi uma das que reforçaram as campanhas de marketing.

Pós-Copa As bancadas de oposição prometem uma partida dura contra o governo a partir desta semana no Congresso. A principal meta é a derrubada do decreto da presidente Dilma que criou os comitês consultivos.

Bolso cheio O PRB esclarece que a campanha de Celso Russomanno gastará até R$ 6 milhões, e não R$ 6.000, como divulgou a Justiça Eleitoral. O partido pediu a correção dos números.

Tiroteio
"Se Dilma e Putin falarem de Copa do Mundo, espero que ele não siga o exemplo brasileiro de muita promessa e pouca ação."
DA DEPUTADA FEDERAL MARA GABRILLI (PSDB-SP) sobre a vinda ao Brasil de Vladimir Putin, presidente da Rússia, que sediará a próxima Copa.

Contraponto
Lei Maria da Penha

Durante audiência na Câmara dos Deputados, a presidente da Petrobras, Graça Foster, explicava ao líder do DEM, Mendonça Filho, como foram feitos os cálculos sobre o valor da compra da refinaria de Pasadena, nos EUA.

--Temos o valor do ativo e dos investimentos que fazemos todos os anos, isso não somamos. E agora eu vou bater... bater não, vou responder, foi um lapso verbal --confundiu-se Graça.

Após risos dos parlamentares que assistiam, Mendonça Filho brincou:

--Pode bater, apanhar de mulher eu até apanho.

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