segunda-feira, 28 de julho de 2014

Diário do Poder – Cláudio Humberto

- Jornal do Commercio (PE)

• Duda veta Dilma para dar o troco em João Santana
Em uma briga que remonta ao escândalo do mensalão, o marqueteiro Duda Mendonça convenceu o candidato Paulo Skaf (PMDB-SP) a vetar a presidente Dilma em seu palanque para dar o troco no arquiinimigo João Santana, queridinho da presidenciável petista. Duda, que ajudou Santana no passado a se inserir no núcleo do PT, não perdoa o ex-colega por ter aproveitado o desgaste do mensalão para tomar o seu lugar no governo.

• Se viabilizou
Santana foi apresentado ao PT por Duda e acabou convidado por Antônio Palocci para a equipe de campanha que reelegeu Lula após o mensalão.

• Não decola
Homem de confiança de Dilma, Santana é o responsável pela campanha ao governo do petista Alexandre Padilha (SP), que não sai do lugar.

• Missão impossível
O vice-presidente Michel Temer prometeu ao Planalto que irá reverter o veto de Paulo Skaf à presidenta Dilma. O difícil é Duda Mendonça deixar.

• Somando ódios
Não surpreenderá a ninguém se Duda e Franklin Martins se unirem para dar uma lição em João Santana, a quem consideram “muito arrogante”.

• ‘Aeroneves’ custou quase aeroporto da Copa
O aeródromo construído na fazenda desapropriada do tio de Aécio Neves custou quase o mesmo valor de aeroporto turístico do Ceará. Em valores corrigidos de janeiro de 2009 a maio de 2012, pelo IGP-M, o “aeroneves”, no município de Cláudio, custaria R$15,6 milhões aos cofres públicos. Já aeroporto de Aracati, que recebe cerca de 40 voos mensais e mantém 22 funcionários, teve sua pista reconstruída para a Copa por R$ 16 milhões.

• Falta qualidade
O aeroporto de Aracati, ao contrário do de Cláudio, tem uma espessura de asfalto para atender Boeings 737 e até 1.200 voos por ano.

• Grande, só no preço!
Além disso, a pista do aeroporto de Aracati tem 2,2 quilômetros de comprimento e 30 metros de largura. O de Cláudio não passa de 1km.

• Aposta pro 2º turno
Apesar da candidatura própria de Eduardo Jorge, o PV está cada dia mais próximo de Aécio Neves (PSDB-MG) na disputa pela Presidência.

• Buscando provas
O relator Marcos Rogério (PDT-RO) solicitou à Câmara o roteiro dos voos do deputado Luiz Argôlo (SD-BA) pagos com verba indenizatória para bater com viagens do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal.

• Contra nepotismo
A fim de acabar com nepotismo e o famoso “QI” – quem indica – no Itamaraty, um grupo de jovens diplomatas apresentou proposta que estabelece critérios mais claros e transparentes nas promoções.

• Ornamentada
Dilma Rousseff tem apreço por joias. Desde que assumiu a Presidência da República, a petista conseguiu acumular R$ 72 mil em adornos. Com essa dinheirama, Dilma poderia até trocar seu carro, um Fiat Tipo 96.

• Multiplicação
Trabalhar faz bem para finanças, ou pelo menos o Ministério do Trabalho parece fazer. Em 2006, Carlos Lupi tinha R$ 638 mil em bens. Após virar ministro de Lula, o patrimônio de Lupi disparou aos atuais R$ 1,2 milhão.

• Mãos na cabeça
O TRE da Paraíba deve julgar esta semana a legitimidade da candidatura de Cassio Cunha Lima (PSDB) ao governo. Se for impugnado, será mais um problema para Aécio Neves no Nordeste em menos de sete dias.

• Rebelião
Com a recusa de Cid Gomes (CE) em usar símbolos do PT na campanha de Camilo Santana à sucessão, Luizianne Lins lidera rebelião no partido para trocar na marra a cor laranja pelo vermelho na pintura dos muros.

• Voto de protesto
O PRB aposta que, por ter ficado sozinho na disputa ao governo do Rio, Marcelo Crivella pode acabar faturando o chamado “voto útil”, ou “voto de protesto”, devido ao apelo crescente contra a “suruba eleitoreira”.

• Hora do desempate
O PT disputa em outubro próximo a sexta eleição presidencial desde a redemocratização do país. A sigla levou três derrotas, uma para Collor e duas para FHC, e três vitórias: duas com Lula e uma com Dilma. Este ano, Dilma será responsável pela quarta derrota ou pela quarta vitória.

• Pensando bem…
… o Itamaraty poderia aproveitar a coragem repentina para também se posicionar sobre o conflito entre a Ucrânia e a Rússia.

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