terça-feira, 15 de julho de 2014

Brasília-DF - Denise Rothenburg

- Correio Braziliense

O pós-Copa na tevê
Certos de que a presidente Dilma Rousseff levará o lado bom da Copa para a campanha eleitoral na tevê, a oposição prepara a zaga. Primeiro dirá que o sucesso se deveu à iniciativa privada e à alegria do povo brasileiro. O que dependeu do governo, dizem os oposicionistas, ficou pela metade.
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Nesse quesito, a ordem é mostrar que as obras prometidas pela presidente em 2010 terminaram abandonadas ou incompletas, leia-se a transposição do São Francisco, o trem-bala. Imagens da presidente dizendo que o trem-bala e outros projetos estariam prontos antes do Mundial vêm sendo arquivadas como uma jogada tática a ser usada se necessário.

Última chance
O foco do ministro Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) essa semana será a aprovação dos novos diretores da Aneel. A agência vai parar se os indicados não forem nomeados até o fim de julho. Ou seja, está do jeito que a turma do toma lá, da cá adora.

Ah, se fosse Lula...
A ala do "Volta, Lula" não se conforma com o semblante da presidente-candidata Dilma Rousseff na hora da entrega da taça ao capitão da seleção alemã, Philipp Lahm. Essa turma acha que ela perdeu uma bela imagem para exibir na campanha, de forma a separar o sucesso da Copa do desempenho da Seleção Brasileira. É nesse clima dividido que o partido de Dilma entra na campanha.

... Ainda bem que não é
Os oposicionistas, entretanto, gostaram. Acham que agora têm mais um motivo para dizer que o funcionou na Copa foi a alegria do torcedor, da qual a presidente não participou.

O motivo é dinheiro
Os congressistas não estão com a menor vontade de votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Sem campanha na tevê e sem dinheiro para colocar uma grande estrutura eleitoral nas ruas desde já, a maioria prefere ter a desculpa de que os afazeres do Congresso lhe impedem de estar no corpo a corpo com o eleitor. Além disso, a campanha, ops, o pronunciamento na TV Senado faz parte do mandato.

E vem mais CPI
Parte dos oposicionistas, entretanto, aproveitará esse período para ver se consegue algum avanço na CPI da Petrobras. Mas o que promete ganhar fôlego no embalo da Copa é a CPI da CBF. "O governo não quer modificar o futebol? Então aí está a oportunidade", diz Randolfe Rodrigues (PSol-AP).

Sem sossego/ O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, só saiu do centro de controle de segurança da Copa, no Rio, no fim da noite de domingo. Agora, está às voltas com nova perspectiva de manifestações de rua. Desta vez em Fortaleza, sede da cúpula dos Brics.

Vai mudar/ A flexibilização provisória do horário de A Voz do Brasil que funcionou no período da Copa entra em pauta no Senado amanhã e o relator do projeto, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), sugere que essa possibilidade de veiculação em horário alternativo seja permanente. Assim, todas as rádios do país, exceto as educativas, poderão escolher o horário de exibição entre as 19h e as 22h.

Raça nova/ Nas escolas, todos aprendem que existem três raças: branca, negra e amarela. Mas, as excelências declararam mais uma à Justiça Eleitoral: "Parda". Estão nessa Gilvan Borges (PMDB-AP), Jayme Campos (DEM-MT) e outros.

Menino prodígio?/ Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, não tem muito o que reclamar da vida. Aos 23 anos, o jovem candidato a deputado federal declarou à Justiça Eleitoral que sua ocupação principal é "estudante, bolsista, estagiário e assemelhados". Em seus bens constam quase R$ 200 mil em depósitos bancários. Eita estágio bom!!!!

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