domingo, 1 de junho de 2014

PSDB e Governo de Minas rebatem críticas de Dilma e Lula

• Em nota, tucanos afirmam que o PT recorre a 'mentiras' e a presidente 'zomba da inteligência e da memória' da população

Marcelo Portela - O Estado de S. Paulo

BELO HORIZONTE - Duramente criticados nesta sexta-feira, 30, pela maioria dos participantes de encontro do PT mineiro, incluindo a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governo do Estado e o diretório do PSDB em Minas divulgaram notas neste sábado, 31, rebatendo parte dos ataques petistas.

Segundo o documento divulgado pelos tucanos, o PT recorre a "mentiras" e Dilma "zomba da inteligência e da memória" da população ao criticarem o Executivo estadual, comandado desde 2003 pelos tucanos e hoje sob a gestão de Alberto Pinto Coelho (PP), aliado do PSDB no Estado.

Um dos temas da troca de farpas é a expansão do metrô da capital mineira, motivo de acusações mútuas entre petistas e tucanos. "Andaram dizendo por aí que as obras do metrô não tinham avançado porque o governo federal não tinha liberado o dinheiro. Isso é uma falsidade. As obras não avançaram porque o governo do Estado não concluiu o projeto. Enquanto não concluir, não pode fazer", afirmou a presidente Dilma nesta sexta, durante evento do PT.

Segundo ela, os recursos para obras de metrô foram liberados para Salvador (BA) e Fortaleza (CE) "como foram para Minas Gerais, na mesma época". "E as obras nestas duas cidades já começaram e estão em andamento. O dinheiro está disponível. Falta projeto", salientou.

"O metrô de Belo Horizonte, quatro anos sem projeto. O dinheiro federal para pagar o projeto está lá. Acabaram de entregar, porque começa a campanha eleitoral, um projeto mal feito, fajuto e que não sobrevive a uma análise técnica bem feita", disparou o ex-ministro Fernando Pimentel, que deve disputar o governo de Minas com o também ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB).

De acordo com o governo de Minas, em abril de 2012 a União concordou com a colaboração do Estado para a elaboração dos projetos de engenharia, mas o convênio "só foi assinado pelo governo federal um ano depois" e o documento foi entregue no início de maio deste ano, "o que representa prazo recorde para projetos de tal complexidade".

"Cabe esclarecer que a Caixa Econômica Federal solicitou detalhamento de 10% dos dez itens e 366 subitens que compõem os orçamentos apresentados.Esses detalhamentos estão sendo providenciados e serão apresentados à instituição como informações complementares", diz a nota.

Cidade Administrativa. Outro motivo de ataque foi a Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, sede do Executivo mineiro inaugurada no fim do segundo mandato de governador do hoje senador Aécio Neves (PSDB-MG), adversário de Dilma na corrida presidencial de outubro.

Em seu discurso recheado de ataques ao tucano, Lula afirmou que o projeto foi a "grande obra de infraestrutura" que a gestão tucana executou e que a Cidade Administrativa "é quase uma coisa feita para ele (Aécio) próprio".

"Criticam a construção da Cidade Administrativa, obra feita no prazo e no custo previsto, façanha que, em 12 anos, o governo federal não conseguiu realizar com nenhuma das promessas que fez para o estado", diz nota divulgada pelo PSDB, que cita outras obras realizadas pelo governo mineiro e afirma que os petistas "fogem do acerto de contas com os mineiros".

"A comitiva presidencial poderia ter conhecido um pouco do trabalho do PSDB no estado. A presidente Dilma voltou a Minas e, mais uma vez, zomba da inteligência e da memória dos mineiros", conclui o texto.

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