quinta-feira, 22 de maio de 2014

Parlamentares reagem a Carvalho, que disse que emenda da reeleição de FH foi comprada

• Para Aécio Neves, o PT precisa procurar encontrar suas próprias virtudes

- O Globo

BRASÍLIA - Parlamentares da oposição e da base consideraram indevidas e levianas, para um ministro de Estado, as acusações feitas pelo ministro da secretaria geral da presidência, Gilberto Carvalho, de que a aprovação da emenda que permitiu a reeleição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi comprada. O ministro petista pediu ainda que a população desconfie da "pregação moralista" de quem se passa por vestal denunciando corrupção no governo federal. O candidato a presidente pelo PSDB, senador Aécio Neves (MG), reagiu dizendo que, antes de buscar defeitos nos adversários, o PT precisa procurar encontrar suas próprias virtudes.

- A população vai saber em quem confiar. Ao contrário do PT, o PSDB, nessa campanha, será o futuro e a esperança. Está cada dia mais claro, para a sociedade como um todo, que o passado é o PT, inclusive na pregação de suas principais lideranças. O Brasil quer muito mais do que só atacar pessoas - respondeu Aécio Neves.

Em entrevista ao programa "Bom Dia, Ministro", da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Carvalho criticou o governo do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, dizendo que a proposta aprovada pelo Congresso Nacional permitindo a sua reeleição foi comprada.

- Trata-se de um caluniador! É inacreditável que um ministro de Estado tenha descido a esse grau de leviandade! - devolveu o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP).

O senador mineiro Clésio Andrade (PMDB) criticou duramente as acusações feitas por Carvalho.

Ele lembrou que, além de Fernando Henrique estar fora do governo há 12 anos, foi ele quem lançou as bases da estabilidade econômica para que o ex-presidente Lula fizesse um bom governo. Mas que a presidente Dilma não aproveitou o legado deixado para fazer as obras de infraestrutura que o Brasil precisa.

- Acho que isso não é papel de um ministro de Estado. Ele deveria guardar as posições pessoais somente para ele. Isso não ajuda em nada a democracia - reagiu Clésio Andrade.

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