sexta-feira, 9 de maio de 2014

Brasília-DF: Denise Rothenburg

- Correio Braziliense

Vai sobrar para Dilma...
Fechou o tempo entre o presidente do Pros, Eurípedes Júnior, e o governador do Ceará, Cid Gomes. O motivo foi o Ministério da Integração Nacional, comandado por Francisco Teixeira, aliado de Cid, ainda com o título de interino. A direção do partido indicou outros nomes, e o governo quis saber se Cid concordava com a substituição. O governador disse que não, e se instalou a confusão.
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No meio da briga interna, coube ao ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, ponderar e tentar cobrar bom senso, já que faltam sete meses para terminar o ano, e trocar ministro agora seria inócuo, uma vez que, até um novo se inteirar do serviço, o ano haverá terminado. O Pros, entretanto, não quer saber. Daqui a pouco, vai procurar Dilma e dar um ultimato: ou fica com Cid/Ciro Gomes ou com o partido. Decisão nos próximos capítulos.
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Em tempo: no meio dessa briga, ainda tem o PMDB. Está chegando a hora de Dilma escolher entre Cid Gomes, o governador que deseja fazer o sucessor sozinho, ou o líder do PMDB, Eunício Oliveira, pré-candidato ao governo estadual que controla hoje a maior bancada do Senado.

Skaf leva o Pros
Eurípedes Júnior, presidente do Pros, selou ontem uma aliança com Paulo Skaf (PMDB), pré-candidato a governador de São Paulo. Isso significa mais tempo na tevê para o peemedebista.

Momento empresariado
O encontro da presidente Dilma Rousseff com líderes do comércio varejista em São Paulo está diretamente relacionado à vontade do governo em recuperar fôlego com o empresariado como um todo. Os petistas têm sentido que essa turma hoje está mais para a oposição do que para a reeleição da presidente.

Jogo de empurra
O governo agora usa o mesmo discurso da oposição em relação à CPI da Petrobras. "Eles é que querem atrasar. Se tivessem aceitado uma única CPI, com relatores diferentes para cada caso, já estaríamos com tudo funcionando", diz a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

CURTIDAS
Falta só jogar "bafo"/ Nas horas que passa dentro do avião, a presidente Dilma Rousseff tem aproveitado para trocar figurinhas com o brigadeiro Francisco Joseli, secretário de acompanhamento de assuntos militares. Tudo para ver se completa o álbum da Copa do neto, Gabriel, 3 anos, antes do início dos jogos. Dia desses, perguntou para o brigadeiro: "Por que o seu álbum tem capa dura e o meu não?"

Enquanto isso, em Porto Alegre.../ Dilma telefona para a filha Paula e conta a novidade: "Estou fazendo um álbum para o menino pequeno". Eis que Paula responde: "Eu também". Dilma não resiste: "Ah! Que sem graça...". Agora, o "menino pequeno" terá um álbum em Brasília e outro em Porto Alegre.

Jogo triplo/ Conforme anunciado aqui há alguns meses, o PMDB confirma a divisão em três grupos. A cúpula segue com Dilma, a Bahia está com Aécio Neves e o Rio Grande do Sul vai de Eduardo Campos, com direito a jantar na próxima quarta-feira com o pré-candidato na casa do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). É a maior prova de que a classe política está no escuro quanto à eleição de outubro.

Quase férias coletivas/ Mesmo depois das semanas de feriadão, os políticos não se mostram muito interessados em se agarrarem no serviço em Brasília. Ontem, no fim da tarde, o senador Paulo Paim, do PT-RS, discursava e presidia a sessão ao mesmo tempo. Sinal de que a pré-campanha está bombando nos estados.

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