sexta-feira, 2 de maio de 2014

Brasília-DF: Denise Rothenburg

- Correio Braziliense

Um ministro em apuros
Se depender do Pros, partido que o sustenta no governo, o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, cai na semana que vem. Mais pela forma do que pelo conteúdo. Em recente visita ao ministério, o líder da legenda, Givaldo Carimbão, acompanhava o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, do PSDB, a uma audiência quando o ministro disse, com todas as letras, que as portas do ministério estavam abertas ao tucano e que ele poderia inclusive dispensar a presença do líder partidário em visitas futuras. Carimbão e o Pros como um todo não gostaram.
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O desdobramento da audiência foi o envio de uma lista de nomes ao Planalto para substituir o ministro Francisco Teixeira. O governador do Ceará, Cid Gomes, e o irmão, Ciro, já foram avisados. A expectativa do partido é de troca de comando na Integração na semana que vem. No Planalto, ninguém confirma. Como sempre, diz-se que não há nada nesse sentido em curso. Pelo sim, pelo não, os políticos do Pros estão em alerta e aguardam silenciosamente para que os outros partidos não se mobilizem em busca do robusto Ministério da Integração.

Lula, o oráculo
Os líderes petistas vão aproveitar a reunião do partido hoje em São Paulo para conversar com Lula sobre a escolha do substituto de André Vargas para o cargo de primeiro vice-presidente da Câmara. Querem que ele arbitre um nome entre José Guimarães (SP), Marco Maia (RS) e Arlindo Chinaglia (SP). Tem ainda Luiz Sérgio (RJ) e Paulo Teixeira (SP), que já se apresentaram oficialmente para a disputa.

Por falar em reunião...
O encontro do PT hoje é mais um evento para Lula dizer que a candidata a presidente é Dilma. Há quem esteja esperançoso de que a correção da tabela do Imposto de Renda e o aumento do Bolsa Família estanquem a queda. Porém, há quem diga que, se a cada crise Dilma aumentar o Bolsa Família e corrigir o IR, não terá orçamento que chegue.

Sintomas
Os petistas ficaram preocupados com as vaias ao prefeito paulistano, Fernando Haddad, e ao ministro Ricardo Berzoini na festa do Primeiro de Maio ontem, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. As vaias eram esperadas apenas no evento da oposição, em outro local, não no centro da cidade, em festa organizada pela CUT. O que preocupa é que, nesta eleição presidencial, os paulistas terão peso dois, uma vez que nenhum dos principais pré-candidatos faz política por lá. A ordem agora é saber se as vaias seriam para qualquer político ou dirigidas apenas aos petistas.

O nono elemento
Ao conquistar o PPS, o oitavo partido em favor de sua pré-candidatura ao governo do Maranhão, o ex-deputado Flávio Dino (PCdoB) mira mais um: o PSDB. Se conseguir — e não está difícil —, terá os três presidenciáveis em sua chapa: Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos.

CURTIDAS
O teste/ Os petistas acompanharam com uma lupa o programa Roda Viva da última segunda-feira com o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. A avaliação foi que, diante do corredor polonês a que foi exposto, ele passou e não tem mais essa de trocar candidato ao governo de São Paulo.

A isca/ Os mesmos petistas ligados ao marketing político acompanharam o pronunciamento da presidente Dilma e as declarações de Aécio Neves e Eduardo Campos sobre o Primeiro de Maio. A avaliação é de que tanto Aécio quanto Eduardo morderam a isca ao criticar o aumento do Bolsa Família. Agora, os petistas voltarão à carga para dizer que eles não gostam de pobre nem apoiam o benefício.

Igualdade/ O presidente do PSD, Gilberto Kassab (foto), decidiu não apresentar os integrantes do partido no programa da legenda que vai ao ar em 10 de junho. "Temos muitos líderes, não daria espaço para todos. Por isso, não aparecerá nenhuma liderança do partido", explicou Kassab aos presidentes regionais reunidos para o lançamento do curso de formação política.

Entulho lucrativo/ A Reforma do prédio do FNDE em Brasília rendeu cerca de R$ 50 mil aos catadores do DF. Por meio da Central de Cooperativas de Reciclagem, o órgão do MEC separou e doou, ao longo da obra, os materiais que poderiam ser reaproveitados, como vidro e metais, que foram coletados e comercializados pelos trabalhadores. Sem a participação deles, todo o material teria ido para o lixão e estaria aterrado, sem condições de uso.

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