segunda-feira, 14 de abril de 2014

Marina oficializa nesta segunda posto de vice

Com formalização da chapa, PSB quer acelerar a transferência de votos da ex-senadora para Campos

O Tempo (MG)

RIO DE JANEIRO -  Ao formalizar que Marina Silva será candidata a vice-presidente, o PSB dará início nesta segunda a um esforço para tentar acelerar a transferência de votos da ex-senadora para Eduardo Campos.

O ato em Brasília abrirá uma nova etapa na trajetória da dupla, que agora lutará para se aproximar de Aécio Neves (PSDB) na disputa pelo segundo lugar na corrida ao Palácio do Planalto.

A prioridade é deixar claro que Campos será o cabeça de chapa e sinalizar aos financiadores de campanha que ele tem chance de ultrapassar o tucano e chegar ao segundo turno contra a presidente Dilma Rousseff (PT).

Se fosse candidata a presidente, Marina teria hoje quase o dobro dos votos do aliado. Ela chega a 27% no cenário com Dilma e Aécio. Quando Campos aparece como candidato, alcança apenas 10%, aponta o Datafolha.

A diferença mostra que a ex-senadora ainda é muito mais conhecida que o aliado. A união dos dois foi selada há seis meses, mas a migração de votos não ocorreu no ritmo esperado.

Com o anúncio desta segunda, Campos pretende sepultar de vez as especulações sobre a hipótese de uma inversão de chapa, com Marina à frente e o ex-governador assumindo a vice-presidência.

A ideia sempre foi rechaçada pelos dois, mas ainda acalentava esperanças de “marineiros” e empresários. Campos e Marina iniciam agora uma maratona de viagens pelo Brasil, com a meta de dar a maior visibilidade possível à chapa. Devem visitar 150 cidades até junho, mês das convenções partidárias.

“Vamos marcar o máximo de agendas com os dois juntos. A prioridade é mostrar ao país todo que eles estão unidos pelo mesmo programa de desenvolvimento sustentável”, diz Pedro Ivo Batista, da coordenação da Rede, o futuro partido de Marina. Após a Copa, os dois devem passar a fazer viagens separados.

Concessões
Estados. O grupo de Marina retardava o anúncio da chapa para tentar obter mais concessões do PSB na montagem dos palanques estaduais. Ainda há impasses em nove Estados, incluindo Minas.

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