quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Panorama Político - Ilimar Franco

Indecoroso
O ministro Fernando Pimentel, candidato do PT ao governo mineiro, convocou à sua sala na terça-feira os principais dirigentes da pasta do Desenvolvimento. Quando estes chegaram, lá havia uma parafernália para gravação de televisão. Em torno de uma mesa, o ministro/âncora pediu a cada um que recitasse as maravilhas de suas áreas. Todos falaram livremente constrangidos.

Acredite se quiser
A assessoria do ministério confirma a gravação. Diz que a equipe foi contratada pela pessoa física do ministro. Afirma que as gravações, de cenas e depoimentos, não serão usadas na campanha. E que foram feitas para o arquivo pessoal de Pimentel.

O PT bate. O PSDB assopra
Submetido à crítica dos petistas, coube a um tucano defender o ministro Guido Mantega (Fazenda). Foi ontem no Senado, na discussão sobre a mudança do indexador da dívida dos estados. O governador Tarso Genro (PT-RS) falou grosso: “Me estranha muito esse argumento. O governo subordinado à chantagem do mercado”. Para os petistas, a nova meta do superávit e o corte do Orçamento bastariam para acalmar o mercado. Aturdido, Mantega balbuciou: “Não sei se são suficientes”. Ele foi então socorrido pelo governador Teotônio Vilela (PSDB-AL): “Não vai fazer a menor diferença mudar o indexador agora ou depois. A gente só vai sentir diferença daqui a cinco anos. Estou de acordo com o Mantega”.

“Nós, do PMDB, temos ministros mas não temos ministérios”
Marllos Sampaio
Deputado federal (PMDB-PI), protestando contra a forma pela qual o PMDB é tratado pela presidente Dilma

Na rede socialista
O comando da campanha à Presidência de Eduardo Campos trabalha com o lançamento da candidatura do deputado Alfredo Sirkis ao governo do Rio. A direção do PSB garante que “ele topa”, embora ele diga “não”. Avalia que seu nome é sinônimo de renovação e que deve atrair o eleitorado de Marcelo Freixo (PSOL) e o das “viúvas do (Fernando) Gabeira”.

Sob nova orientação
O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), comunicou ao líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que não participa mais das reuniões da base aliada. Nas votações, o partido votará com independência a depender do mérito.

A regularização do Mais Médicos
O procurador Sebastião Caixeta, do Ministério Público do Trabalho, ouve segunda-feira a médica cubana Ramona Rodriguez. Ele finaliza inquérito que conclui que o Mais Médicos viola a legislação trabalhista. E determina que o salário seja depositado na conta do profissional. Se o governo não acatar, o MPTb vai à Justiça.

Ecumênicos
O debate do novo indexador para as dívidas dos Estados, ontem no Senado, reuniu animada roda de cordiais adversários. Nela, os senadores Ana Amélia (PP-RS), Pedro Simon (PMDB-RS) e Paulo Paim (PT-RS) com o governador Tarso Genro (PT-RS).

Não vem que não tem
O presidente do PT catarinense, Claúdio Vignatti, garante que a direção nacional não tem como impor uma aliança com o governador Raimundo Colombo (PSD). Relata que o partido negocia aliança para o governo com o PMDB e o PP.

Comentário de um governista sobre a decisão do PMDB da Câmara: “Atrapalha muito. Você já viu algum governo negociar tendo a faca nos peitos”.

Fonte: O Globo

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