sábado, 22 de fevereiro de 2014

Aécio Neves e Eduardo Campos reforçam afinidade

Presidenciável tucano visita pré-candidato do PSB ao Palácio Planalto e diz acreditar, assim como Eduardo, que o Brasil está vivendo o ''encerramento de um ciclo''

Beatriz Albuquerque

Em nova passagem por Pernambuco, nessa sexta-feira, o senador e presidenciável tucano Aécio Neves (PSDB) visitou o governador Eduardo Campos (PSB), reforçando que ambos apresentarão um discurso afinado no bloco das oposições.

Ele disse ser possível que PSDB e PSB fiquem juntos num virtual segundo turno da eleição nacional de outubro e fez novas críticas à condução da política econômica pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Eduardo cogitou, inclusive, um segundo turno no qual os dois disputam a vaga do Planalto.

O senador mineiro, assim como Eduardo, acredita que o Brasil está vivendo o “encerramento de um ciclo”. Antes de seguir para almoço na residência do governador, em Dois Irmãos, Aécio se reuniu com os prefeitos, vereadores e deputados do PSDB, no Hotel Atlante Plaza, em Boa Viagem, onde destacou pontos de convergência do seu projeto nacional com o de Eduardo Campos.

“Ele tem toda a condição de ser competitivo e chegar lá (na Presidência). Agora, eu tenho uma expectativa de que nós possamos, em um eventual segundo turno, estarmos juntos, porque ambos temos em comum o sentimento de que o governo do PT faz muito mal ao Brasil”, disse Aécio, que veio ao Recife para uma visita a Miguel, o filho de Eduardo nascido no final do mês passado.

A aproximação entre os pré-candidatos possibilitará a união de palanques. A perspectiva de Aécio é que isso ocorra em até dez Estados. O cenário está definido em Minas, Pernambuco, Paraná, Roraima e Acre. Já em São Paulo, o apoio ocorrerá apenas no segundo turno. No Piauí, Maranhão e Rio, os tucanos acreditam que há indicativos de uma “convergência”.

Entre as críticas feitas a atual gestão do governo federal, Aécio destacou a condução da economia do país. “A herança que nós vamos receber é de um crescimento pífio, inflação alta, descontrole das contas públicas e uma perda crescente de credibilidade que impacta, inclusive, nos investimentos necessários”.

Ele ainda destacou o Brasil tornou-se um país pouco competitivo e com problemas de infraestrutura gerados pela “demonização” das Parcerias Público-Privadas (PPP) nos últimos dez anos.

Além de Aécio e sua esposa Letícia Weber, estiverem presentes no almoço o pré-candidato ao Senado Fernando Bezerra Coelho (PSB) e uma restrita comitiva do PSDB, composta pelo senador Cássio Cunha Lima e pelo deputado do PSB Júlio Delgado (MG).

Após conversarem por três horas, Eduardo reforçou às críticas contra o PT. “As conquistas das últimas três décadas estão sendo colocadas em risco. (...) A nova política começa com um novo governo, uma nova atitude do cidadão que deseja mudança, que preserve as conquistas de ontem e avance com novas conquistas”, afirmou.

O governador-presidenciável não descarta a possibilidade de enfrentar Aécio em um virtual segundo turno. Sob hipótese, ele considerou que o cenário ocorreria com “respeito à democracia, à cidadania e à história pessoal” de ambos.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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