quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

'Tucanos terão candidatos em até 12 Estados'

Aécio defende alianças regionais entre PSDB e PSB e diz que escolha de vice fica para maio

Pedro Venceslau

Após anunciar que todas as alianças estaduais do PSDB terão de passar pelo crivo de direção executiva do partido antes de serem fechadas, o que é inédito na história da sigla, o senador Aécio Neves, provável candidato da legenda à Presidência, disse ontem em entrevista à TV Estadão que o partido contará com candidatos próprios a governador em 10 ou até 12 dos 27 Estados brasileiros.

"Talvez seja o partido que terá o maior número de candidaturas próprias nos Estados no pleito de 2014", disse. Apesar do otimismo, o tucano terá de buscar alternativas para não ficar sem palanque nos demais 15 Estados. Seu principal objetivo no momento é impedir a aproximação do PSDB com partidos que caminham para o arco de alianças da presidente Dilma Rousseff (PT), que disputará a reeleição.

"Natural". O tucano considerou "natural" a construção de chapas regionais com o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que também deve disputar o Planalto. "A aliança do PSB com o PSDB em muitos Estados é natural. Foi assim aqui em São Paulo, Minas Gerais e até mesmo em Pernambuco."

O tema da disputa em São Paulo, onde o PSB e o PSDB tentam se aproximar, mas esbarram na resistência da ex-ministra Marina Silva, será discutido hoje em um encontro do senador com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo.

Vice só em maio. Apesar das especulações sobre a escolha do candidato a vice em sua chapa, Aécio afirmou que esse debate ficará para maio. "Política é a arte de administrar o tempo. O que estamos definindo nesse instante, em primeiro lugar, é o discurso do PSDB."

O programa de governo do senador será coordenado pelo governador de Minas Gerais, Anto-nio Anastasia (PSDB), que deixará o cargo em março para disputar o Senado. Na entrevista, o senador também criticou o PT por tentar inibir outras candidaturas e deu uma prévia do como será seu discurso.

"Quem buscou inibir candidaturas como a da própria Marina, inviabilizando a criação da Rede do ponto de vista congressual, ou criando dificuldades para a candidatura do governador Eduardo foi o PT. O PT quer ganhar quase por W.O. essa eleição", afirmou. Aécio voltou a falar em "herança maldita" deixada pelo PT. Ele citou ainda a crise no sistema penitenciário no Maranhão e a omissão do governo federal na condução do problema da segurança.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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