terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Projeção nacional de Pimenta pesou na escolha de Aécio

Candidatura de ex-ministro agregaria mais a projeto presidencial

Tâmara Teixeira

Tucanos mais próximos ao presidente da sigla, o senador Aécio Neves, confirmaram ontem que, em reunião na última semana, o nome de Pimenta da Veiga foi definido para disputar o governo de Minas. Pesou em seu favor o fato de ser conhecido nacionalmente, o que agregaria à candidatura de Aécio à Presidência da República, além de ele ter mais experiência em cargos no Executivo. O deputado federal e presidente do partido em Minas, Marcus Pestana, também pleiteia a cabeça de chapa.

O anúncio oficial deve ser feito apenas no mês que vem. O senador coordena diretamente a definição dos arranjos regionais feitos pelo PSDB.

“Aécio já decidiu por Pimenta. Nacionalmente, ele tem mais peso e condição de debate com a experiência de ex-ministro do FHC e de ex-prefeito de Belo Horizonte. Além disso, tem uma história no partido desde a fundação. Nunca houve contestação”, garantiu um tucano.

Na última semana, Pestana, Pimenta e Aécio se reuniram. “O partido aguarda amadurecer as alianças para vice e também em respeito ao Pestana, que é muito querido pelos colegas, e mantém sua pré-candidatura”, afirmou outro tucano.

Segundo essa fonte, no mesmo dia, Aécio deu aval para Pestana manter suas viagens pelo Estado como pré-candidato. O deputado, porém, nega que a fatura esteja liquidada. “Não há ainda uma decisão, que será amadurecida nas duas primeiras semanas de fevereiro”, afirmou Pestana, por e-mail. Pelo terceiro dia, a reportagem não conseguiu falar por telefone com ele, que descansa no Nordeste.

Segundo um parlamentar que também pediu anonimato, as visitas de Pestana ao interior são uma forma de prestigiar as bases. “É interessante para o partido estimular essa disputa. Isso esquenta o clima entre os militantes”, disse.

Desafio. Para o deputado estadual Bonifácio Mourão (PSDB), Pimenta e Pestana têm condições de vencer o provável candidato petista ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel (PT). Mas ele reconhece que Pimenta, afastado há mais de uma década das urnas, pode enfrentar o desconhecimento do eleitor. “Não tem dúvida de que isso prejudica, mas ele tem condição de superar. A publicidade resolve isso. Em setembro, todos saberão quem ele é”, disse.

Já para o deputado federal Paulo Abi-Ackel, o fato pode ser positivo. “Na última década, os políticos estiveram muito desgastados.”

Vice depende ainda de acertos com os aliados
Se depender do primeiro escalão do PSDB, o presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro (PP), será o vice de Pimenta da Veiga. A palavra final do senador Aécio Neves, segundo os correligionários tucanos, depende de uma definição de aliança com o PP em nível estadual, já que, nacionalmente, a legenda apoia Dilma Rousseff.

Um líder próximo ao vice-governador, Alberto Pinto Coelho (PP), garante que ele superou o mal-estar inicial de ter sido preterido e sente que herdar nove meses como governador está de bom tamanho.

“Todos sabem que ele tinha aspirações, mas ele é leal e quer contribuir para o projeto de Aécio. Ainda vamos conversar com cerca de 15 partidos para ver qual a melhor formação, mas Dinis é um ótimo puxador de votos”, disse.

Fonte: O Tempo(MG)

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