terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Política – Claudio Humberto

• Presidiário Genoino tem tratamento privilegiado
Fingindo o pé na cova, o mensaleiro José Genoino fez até o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ignorar dois laudos médicos para “atestar” que o meliante tem “graves problemas”, mas outro presidiário da Papuda, Roseri Gonçalves Pereira, paraplégico, não teve a mesma sorte. Nem o mesmo tratamento. Doente, ele usa cateter na uretra e sonda na bexiga, e aguarda há 2 meses exame para se habilitar à prisão domiciliar.

• Mise-en-scène
Indignado “como qualquer cidadão com senso de Justiça”, o advogado de Roseri destaca o mise-en-scène de Genoino para obter prisão domiciliar.

• Falta isonomia
Para o advogado Brunno Misael, o tratamento dispensado a Genoino “fere de morte o princípio constitucional da isonomia”.

• Dr. Janot
Rodrigo Janot, deve ser expert em cardiopatias, vendo em Genoino o que duas juntas médicas não encontraram: “graves problemas” de saúde.

• Coincidência
A atitude de Janot, favorável à prisão domiciliar de Genoino, coincide com a posição do PT, que desqualificou as duas juntas de especialistas.

• Conta dos cartões é de R$ 50 milhões em 2013
A conta dos cartões corporativos do governo Dilma Rousseff já atinge a marca dos R$ 50 milhões, este ano. A Presidência continua o órgão que mais utiliza os cartões do governo federal, sem dó: quase R$ 15 milhões até outubro. Pior, de “transparência” seletiva: o detalhamento dos gastos é “segredo” por motivo de “segurança de Estado”. Em comparação, o gabinete do vice Michel Temer gastou apenas R$ 443 mil com cartões.

• Quase lá
O recorde de gastos com cartões corporativos no governo Dilma ocorreu em 2012, quando foram torrados quase R$ 60 milhões.

• Trocado
Até outubro, o Ministério do Esporte havia gasto apenas R$ 247,50. É o órgão que menos gastou com o implacável cartão do governo federal.

• Boca maldita
Muitos políticos começaram mal a semana, com a notícia da prisão da cafetina Jeany Mary Corner. Se ela abrir a boca, a casa cai.

• Sem crédito
Sem poder opinar até sobre reajuste nos combustíveis e incapaz de impedir que assessores façam negócios na sua antessala, o ministro Guido Mantega (Fazenda) se firma como palpiteiro. Agora, diz que o PIB crescerá 4% ao ano até 2022. Será novamente desmentido pelos fatos.

• Chantagem, de novo
A chantagem anual está de volta: às vésperas das festas de fim de ano, entidades de aeronautas ameaçam greve, fazendo a população de refém. Assembleia nesta quinta (5) deve decidir por paralisação ainda este mês.

• Alô, Dilma
O comandante da Aeronáutica não parece ter muito o que fazer em seu local de trabalho. Ontem, foi embora para casa pelas 17h, escoltado por um carrão de segurança Ford Fusion, com placa fria (JKQ 5251).

• É pouco
Apesar de Eike Batista ter vendido seu jatinho por US$ 60 milhões e da possibilidade de repassar um iate por outros US$ 30 milhões, o valor é menos de 10% dos US$ 950 milhões perdidos pela OGX no trimestre.

• TSE não legisla
O Congresso aprovou projeto anulando decisão do Tribunal Superior Eleitoral de alterar o número de parlamentares de cada Estado. Para o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ) é o parlamento que legisla, não o TSE.

• Todos querem
O secretário de Habitação do DF, Geraldo Magela (PT), já avisou que não “abre mão” de disputar o Senado, em 2014. Só falta combinar com os 16 partidos da base aliada do governo Agnelo Queiroz (PT), entre os quais PTB e PDT, que têm a mesma pretensão e fortes candidatos.

• Ambiente
A prisão feminina Colméia, que recebeu em 2007 a socialite dos “Anões do Orçamento” Wilma Guimarães e as mensaleiras Simone Vasconcelos e Kátia Rabello, deve abrigar Jeane Mary, presa por explorar prostituição.

• Indignação
Antiga militante do PT, a deputada Érika Kokay (DF) não sabe perder. Revoltou-se após ser derrotada nas eleições para a presidência do PT-DF e agora acusa o vencedor, deputado Policarpo, de “coronelismo”.

• Pensando bem…
…injusta, a prisão da cafetina Jeany Mary Corner: ela fazia em privado o que a maioria dos políticos faz com os eleitores em público.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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