quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Panorama Politico - Ilimar Franco

Lições do mensalão
Há quem cante o mensalão em prosa e verso. Há aqueles que acreditam que a prisão dos petistas terá forte peso eleitoral. Mas e os eleitores? Em pesquisa nacional, realizada de 3 a 7 de dezembro, parece que a indiferença predomina. Dos ouvidos, 93,5% disseram não à pergunta: "Depois da prisão dos envolvidos no mensalão, você mudou sua intenção de voto para as eleições presidenciais de 2014?"

O peso do ceticismo
Enquanto vários analistas creem que o mensalão inaugura uma nova era, os entrevistados são mais cautelosos sobre futuras repercussões. Para 57,17% dos ouvidos, as prisões não vão provocar uma redução real dos casos de corrupção entre políticos. Os que acreditam que o julgamento vai levar à diminuição efetiva dessa prática são 36,15%. Nem mesmo a crença na Justiça teve uma ampliação significativa. Após o mensalão, passaram a acreditar mais no Judiciário 38,02%. Enquanto 39,32% o veem da mesma forma que antes, e 20,21% acham que houve piora. O Instituto Paraná Pesquisas fez 2.225 entrevistas, e essas três perguntas foram sugeridas pela coluna.

"Na campanha não vai faltar chance de um querer ser melhor do que o outro"
Sérgio Guerra
Deputado federal (PE) e ex-presidente do PSDB, sobre a disputa pelo voto de oposição à presidente Dilma entre Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB)

Mudança de hábito
O presidente da Câmara, Henrique Alves, vai inovar e está cobrando ingresso para a festa de Natal dos deputados. A confraternização, no dia 17, custará RS 100. Ela não será na residência oficial, mas no lOs andar do Anexo 4 da Câmara.

Estilhaços
O ministro Aloizio Mercadante (Educação) foi acionado ontem cedo para desativar a bomba do fim do ano Os aliados acharam desnecessária a ação do Planalto para avisar que está sem dinheiro para as emendas parlamentares e sobre os vetos à LDO. "Não se chama uma reunião para instalar crise. Para isso, existe telefone" comentou um governista.

Ao PMDB, nada
O PT do Rio não quer apenas inviabilizar a candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) ao governo. Ele também teme prejuízo no caso de o desgastado governador Sérgio Cabral concorrer ao Senado na chapa.

Na carona de Marina
O objetivo do PROS do Rio é transformar o deputado Miro Teixeira no candidato de Marina Silva. Com Miro tendo menos de 5% nas pesquisas, o partido acredita que ele poderá surfar no prestígio de Marina. Em 2010, ela fez 31,5% dos votos no estado. O PROS quer atrair para a chapa o PSB, de I Eduardo Campos, e o aliado do socialista, o PPS.

Costura discreta
O presidente do PSD do Rio, índio da Costa, está tentando articular uma chapa na qual ele seria candidato a governador. Sua ideia é unir no seu palanque o PSDB, de Aécio Neves; o PSB, de Eduardo Campos; e mais Solidariedade, PPS e PV.

Excluídos
O PR, o PDT e o PSD, todos da base aliada, reclamaram ontem com a ministra Ideli Salvatti por não terem sido chamados para a reunião sobre a votação do Orçamento e dos vetos à LDO. Só foram convidados o PT, o PMDB e o PP.

Prefeitos que, por razões políticas, não adotaram o Mais Médicos estão procurando o Ministério da Saúde pedindo para se inscrever no programa.

Fonte: O Globo

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