quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Painel - Vera Magalhães

Escalado na zaga
Um dos coordenadores da campanha de Dilma Rousseff em 2010, José Eduardo Cardozo deve ficar fora do time da reeleição. A presidente quer que o ministro da Justiça assuma a linha de frente da segurança da Copa, pois teme nova onda de violência dentro e fora dos estádios durante o Mundial. Para o Planalto, tirar o ministro responsável pela área poucos meses antes do evento passaria à comunidade internacional uma mensagem negativa e abalaria a imagem da organização do Brasil.

Veterano Alessandro Teixeira pode assumir a coordenação do programa de governo de Dilma no ano que vem. Teixeira, que foi secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento e saiu após divergências com Fernando Pimentel, ajudou a elaborar o programa de 2010.

Dilúvio Depois de um voo em que conversaram amenidades, Dilma e os quatro ex-presidentes tiveram de correr debaixo de temporal para alcançar os carros da delegação brasileira ao deixarem o velório de Nelson Mandela. Os cinco ficaram encharcados.

Abaixo Gleisi Hoffmann (Casa Civil) anunciou ontem, diante do vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, e de Aguinaldo Ribeiro (Cidades) e Francisco Teixeira (Integração), que vai liderar movimento para limitar a edição de portarias ministeriais.

Onde pega O recado se deve ao fato de que as portarias viraram causa de atrasos em obras. Algumas dessas normas exigem procedimentos burocráticos que geram documentos de centenas de páginas para providências que deveriam ser rápidas.

Laços O que mais incomoda os ministros do TCU, que aprovaram por unanimidade relatório que atrasará a concessão dos portos, é a presença de Helcio Tokeshi, ex-assessor de Antonio Palocci, à frente da EBP (Estruturadora Brasileira de Projetos), contratada sem licitação para fazer estudos no setor.

Abrigo 1 Geraldo Alckmin (PSDB) estuda oferecer ao PSB de Eduardo Campos uma vaga ao Senado em sua chapa em 2014, em troca do apoio da sigla a sua reeleição.

Abrigo 2 Pela lógica tucana, com esse posto os pessebistas ganhariam espaço independente na propaganda eleitoral, e Campos poderia ser citado pelo candidato a senador do partido --o que não ocorreria se o PSB indicasse o vice de Alckmin.

Ondas O governador paulista manifestou a aliados inquietação com seus índices de aprovação. Em 2006, 69% dos paulistas consideravam sua gestão ótima ou boa. Hoje, essa taxa é de 41%.

Café com leite Tucanos de São Paulo e Minas devem disputar o cargo de líder do PSDB na Câmara em 2014. Vanderlei Macris (SP) e Domingos Sávio (MG) declaram interesse pelo posto.

Vitrine Enquanto negocia apoio a Aécio Neves (PSDB), o DEM testa Ronaldo Caiado (GO) na TV. No programa do partido, amanhã, o deputado responde aos ataques dos ambientalistas: "O agronegócio garante empregos e crescimento econômico. Fazemos isso respeitando o meio ambiente".

Maquiagem O governo paulista criou uma Subsecretaria de Desenvolvimento Metropolitano para absorver as funções da secretaria que prometeu extinguir após os protestos de junho. O projeto que acaba com a pasta aguarda votação na Assembleia.

Visita à Folha Joaquim Barbosa, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), visitou ontem a Folha, a convite do jornal. Estava acompanhado de Wellington Geraldo Silva, secretário de Comunicação Social do STF.

TIROTEIO
"Tenho certeza de que a decisão do PPS de apoiar a candidatura de Eduardo Campos à Presidência tem o DNA tucano paulista."

DO DEPUTADO ESTADUAL MAURO BRAGATO (PSDB-SP), insinuando que o PSDB de São Paulo não se empenhou para conquistar o apoio do PPS a Aécio Neves.

CONTRAPONTO
Persistência

Em sessão da MP dos Portos que se estendeu até a madrugada, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), chamou o PTB para votar.

--O PTB hoje decidiu se juntar um pouco à oposição, mas eu nunca vi uma oposição tão ruim! Não conseguimos ganhar uma! --brincou Silvio Costa (PTB-PE).

--Deputado, o importante é competir --retrucou Alves.

Rindo, o petebista disse que insistiria:

--Eu quero ver se agora conseguimos ganhar alguma coisa. A oposição votou como? Obstrução e "não". Vamos votar "não" de novo, para ver se dá certo!

Fonte: Folha de S. Paulo

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