terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Campos e Marina preferem não comentar fala da presidente

Em entrevista a uma rádio de Pernambuco, Campos diz que ficará no governo até o prazo final da Lei Eleitoral, 4 de abril

Monica Bemardes

RECIFE - O governador de Pernambuco e provável candidato à Presidência, Eduardo Campos (PSB), não comentou ontem o teor do pronunciamento da presidente Dilma Rousseff na TV. O tema fião foi levantado na entrevista que deu à Rádio Cultura de Palmares, do município de mesmo nome, na Mata Sul pernambucana, e a assessoria do governador disse que ele não se pronunciaria sobre o assunto.

Em encontro com empresários, Campos tem sido um crítico contumaz da condução da política econômica. Com o PSB ainda integrando o governo Dilma, no início deste ano, ele repetia que o desafio da presidente seria "ganhar 2013" para evitar so-bressaltos na economia em 2014. Ontem, ao falar de sua própria gestão em Pernambuco, usou a mesma expressão e disse que conseguiu "ganhar" o ano.

"Ganhamos 2013 com muito trabalho e determinação. Vamos entrar em 2014 para ganhar 2014, com muito trabalho, ânimo e fé no futuro."

Quem trouxe a questão econômica para o centro do debate, no entanto, foi sua aliada, Marina Silva. Após entrar para o PSB em outubro, a ex-ministra do Meio Ambiente acusou o atual governo de abandonar o tripé econômico, baseado na geração de superávit primário, regime de câmbio flutuante e metas para a inflação. Procurada pelo Estado, Marina também não quis comentar o assunto.

Prazo. Apesar das especulações de que poderia deixar o governo de Pernambuco já nos dois primeiros meses do ano para dedicar-se integralmente à campanha, Campos afirmou ontem que "irá ficar no governo até o prazo estabelecido pela Lei Eleitoral, que é 4 de abril".

"Até o tempo que a legislação determina, vou cuidar da minha tarefa, que é cuidar da segurança, da educação, da saúde, do saneamento. Depois disso, partiremos para uma nova fase do projeto nacional socialista", afirmou.

Conhecimento. O governador minimizou eventuais dificuldades de alavancar a campanha em função do baixo índice de reconhecimento nacional ao seu nome. "Temos a clareza de que neste País de dimensões continentais, nós ainda temos um desconhecimento muito grande. Eu sou conhecido em Pernambuco, mas fora de Pernambuco nós só vamos vencer esse desconhecimento quando o debate da TV e do rádio for iniciado."

Fonte: O Estado de S. Paulo

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