quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Brasília-DF - Denise Rothenburg

Henrique pressionado
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), bem que tentou, mas não conseguiu adiar a instalação da comissão especial que analisará a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº215, que transfere ao Congresso a prerrogativa de aprovar a demarcação de terras indígenas. O PT não queria essa PEC em tramitação porque representa perda de poder tanto para o governo federal, via Fundação Nacional do índio (Funai), quanto para as comunidades indígenas.
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O tema, entretanto, será debatido no ano eleitoral, quando a bancada ruralista, setor que hoje sustenta o Produto Interno Bruto (PIB), terá muito mais força. Para completar, o relator será o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), o mesmo que foi implacável com os petistas na CPI dos Correios, que investigou o mensalão.

Política versus técnica
A derrubada das licitações dos portos de Santos e de Belém pela ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes foi vista como uma declaração de guerra do PSB à presidente Dilma Rousseff e ao governador do Ceará, Cid Gomes. O TCU, entretanto, garante que a decisão é técnica, uma vez que não havia justificativa plausível para o governo privilegiar a empresa EBP na contratação dos estudos portuários.

Por falar em Cid...
Ele e o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), estão numa fase paz &amor. Basta ver a aprovação vapt-vupt ontem, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), de um empréstimo de R$ 2,1 bilhões para o governo estadual.

Pior hora
Ninguém está colocando muita expectativa sobre o Congresso do PT, amanhã, às vésperas do enterro de Nelson Mandela. Até mesmo o ato de defesa dos petistas presos é considerado por muitos no partido uma notícia negativa num momento em que a legenda deveria encher de esperanças o povo brasileiro.

Expectativa tucana
Depois do revés no Congresso do PPS, que virou a proa rumo à candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República, o PSDB joga suas fichas no elenco de 12 pontos que o senador Aécio Neves (MG) lançará na semana que vem. O foco dos próximos dias será fechar esse documento, que será divulgado logo depois do Congresso do PT.

A culpa é da “governanta”! / É assim que os deputados estão se referindo à ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Querem debitar na conta dela as dificuldades de votar o Orçamento da União para 2014. Mais uma vez, dizem alguns, é preciso lembrar às excelências que Ideli tem chefe.

A visão da experiência/ O senador Pedro Simon lança hoje, às 18h30, no Salão Nobre do Senado, o livro Fé &Política, em que apresenta suas reflexões sobre as manifestações de junho, relacionando-as com os novos rumos que o Papa Francisco dá à Igreja Católica. A apresentação é do ex-ministro do STF Ayres Britto.

Conversinhas aéreas/ Dilma não tinha nem desembarcado no Brasil e alguns petistas do governo diziam que o cerca-lourenço da conversa dos presidentes nas 10 horas de voo até a África do Sul foi a vida de Mandela. Ou chutaram ou têm bola de cristal.

Últimos dias/ O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), um dos réus do mensalão, tenta manter a rotina no Congresso. Ontem, por exemplo, participou das votações e até cumprimentou alguns colegas no plenário. Mal ele virava as costas, alguns comentavam: “Ele está meio que se despedindo daqui”.

Fonte: Correio Braziliense

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