terça-feira, 12 de novembro de 2013

Serra critica falta de investimentos em infraestrutura

Julio Cesar Lima

O ex-governador de São Paulo, José Serra (PSDB), criticou a falta de investimentos em infraestrutura e saúde do governo federal, durante encontro com empresários na sede da Associação Comercial do Paraná (ACP), nesta segunda-feira, 11.

Serra não comentou sobre sua situação dentro do PSDB sobre a sucessão presidencial, mas em meio às críticas ao governo federal defendeu o Paraná que, segundo ele, tem ficado de fora nas recepções de recursos federais. "O estado deve ter o quarto ou quinto tamanho de economia e é o 23º em recepção de recursos federais, tem programas federais que estão fechados para o Paraná", disse.

Abordando o tema "Desenvolvimento econômico e seus problemas", Serra destacou negativamente o papel que tem sido desempenhado pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Questionado sobre as situações dos portos, Serra afirmou que o modo de gestão "encarece" os produtos.

"Falta (investimento), Paranaguá está afogado, os portos brasileiros estão em péssimas situações; na Bahia, as mercadorias têm que ir para Suape (PE) ou para Santos (SP) porque Bahia não tem um porto de exportação à altura, isso tudo significa mais custos, encarece o Brasil, prejudica nossa produção, prejudica nosso comércio, prejudica os empregos , nunca se investiu tão pouco em infraestrutura de transportes e de energia no Brasil nos últimos anos, por incrível que pareça, apesar de toda a publicidade, não sabem investir, têm preconceitos do ponto de vista de parcerias com áreas privadas, o Brasil vai perdendo competitividade no exterior", criticou.

Além dos comentários sobre a logística, Serra, que foi ministro da Saúde durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) também falou sobre o setor no País, que segundo ele, precisa de mudanças radicais. "O governo federal encolheu sua fatia na saúde. Quando eu era ministro o governo federal gastava uns 53% do total de recursos na saúde por sua conta, 47 era com estados e municípios, hoje o governo federal encolheu para 45%".

Fonte: O Estado de S. Paulo

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