segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O fracasso, cada vez mais evidente, de um governo.- Alberto Goldman

O governo ficou fazendo gracinhas nos últimos anos e o resultado é que a inflação que deveria ficar no entorno de 4,5% ao ano, conforme a meta estabelecida, fica rondando 6%. Pior, o que mais impulsiona o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ) são os alimentos, que é o item principal da cesta do trabalhador. Dentre as medidas governamentais responsáveis pela persistência do índice no patamar elevado está o crédito fácil praticado pelo sistema financeiro, em particular o sistema público. Tem sido crédito ao consumidor, infelizmente não é crédito para investimento que continua estagnado já que os agentes econômicos estão fartos de tanta intervenção do poder estatal no domínio econômico.

O IPCA de outubro foi de 0,57%, o mais alto desde fevereiro ( 0,60% ), confirmando a trajetória de alta. E se o governo não tivesse feito os malabarismos que fez nos transportes coletivos, na energia elétrica, no preço dos combustíveis, ou seja, nos chamados preços administrados, a situação seria pior, o índice de inflação, no ano, ultrapassaria 7%.

Essas ações desesperadas e atabalhoadas do governo que permitiram segurar a inflação no nível de 6% tem consequências. A manutenção dos preços dos combustíveis deixa a Petrobrás em uma grave crise, incapaz de cumprir seus compromissos, em especial, o plano de investimentos. A intervenção do governo desestruturou o setor elétrico, obrigando Dilma a pagar um subsídio às empresas do setor. No setor de transportes a desestruturação alcançou os municípios que são o poder concedente em face da necessidade de aumento de impostos para cobrir o déficit das empresas concessionárias de transporte ( caso do IPTU em São Paulo ).

Agora é a desvalorização do real que provoca aumento de preços de produtos importados que vai, ao lado dos combustíveis, impulsionar a inflação.

Em função disso tudo, Dilma investe pesado em segurar a inflação, que sabe que será mortal para o seu projeto político, nem que seja às custas do crescimento econômico e do futuro do país.

Esse ano de 2013 já melou. Nenhuma previsão otimista se concretizou. E a realidade tem sido pior que as previsões pessimistas. Mas nada indica que 2014 será melhor.

Penso que mesmo o espertinho Luis Inácio se enganou, não esperando um quadro econômico tão difícil. Vai ter de rebolar para convencer a população que a política do governo funciona. Mas todos já viram que a maré positiva já passou e o desalento se aprofunda.

Nessas condições chegaremos às eleições de 2014 e o fracasso do governo será evidente. Bom para o país que poderá se ver livre desses que julgavam possível manter o poder eternamente

Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB

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