sábado, 30 de novembro de 2013

Brasília-DF - Denise Rothenburg

Cabral na espera
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, só deixará o cargo se for candidato a algum mandato eletivo e apenas em abril, dentro da data prevista pela legislação eleitoral. Assim, Cabral terá até o primeiro trimestre de 2014 para tentar recuperar os índices de popularidade e, dessa forma, entregar a Luiz Fernando Pezão um governo melhor avaliado. Além disso, há a clara sensação entre os peemedebistas de que, se Cabral deixar o governo, Pezão vira alvo no minuto seguinte.

Mesmo a candidatura de Cabral ao Senado está em aberto. Se não for candidato, fará como Lula fez em 2010, quando viajou o país incensando a candidatura da presidente DilmaRousseff. Aliás, se levar ao pé da letra, ninguém quer abrir mão de um cargo antes da hora prevista pela lei eleitoral. Nem mesmo os ministros com a propalada reforma ministerial de janeiro. Se brincar, Dilma volta de seu descanso de fim de ano e a reforma fica depois do carnaval.

No forno
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) reuniu 32 assinaturas para pedir a CPI do Transporte Público. Mal a boa nova começou a circular pelos corredores, ele foi procurado por alguns interessados em retirar o apoio à investigação. Ficará justamente para o ano eleitoral, assim como as investigações do Conselho de Administração e Defesa Econômica (Cade) sobre a Siemens.

Saída regimental
A direção da Câmara tentará ressuscitar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do orçamento impositivo, fatiada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A ideia é aprovar as duas fatias e, aí, basta o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves, apensar uma PEC a outra. Assim, as duas seguem juntas para a formação de uma comissão especial e o futuro relator do texto elabora um projeto substitutivo "colando" as duas metades — a que institui a liberação automática das emendas e a destinação de 50% dessas emendas à Saúde. Falta combinar com a CCJ.

Saída política
Para evitar problemas quanto ao mérito, o PMDB não descarta dar a relatoria do orçamento impositivo ao próprio líder ou ao deputado Danilo Forte (PMDB-CE), defensor da fórmula. Ninguém quer arriscar deixar o DEM, do deputado Ronaldo Caiado (GO), criar novos problemas para o projeto.

Quatro por quatro
A reunião de hoje entre PT e PMDB para discutir os palanques não contará com as presenças dos líderes partidários. Isso porque o Ceará, do líder peemedebista no Senado, Eunício Oliveira, e o Rio de Janeiro, do líder da Câmara, Eduardo Cunha, são as praças mais complicadas. Lá estarão Renan CaUieiros e Henrique Alves, que vivem às turras nessa temporada pré-eleitoral.

CURTIDAS
Correção/ A coluna informou ontem que quem amimou emprego de gerente para José Dirceu foi o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Na verdade, foi o dono do hotel Saint Peter, Paulo de Abreu. Kakay jogou o abacaxi da concessão daTVExcelsior no colo de importante advogado de Brasília.

No embalo da abertura.../ E lá vem a proposta que os comandantes do Senado tanto temem. O senador Álvaro Dias (foto) apresentou um projeto de resolução para que o voto seja aberto no caso de eleição da Mesa Diretora da Casa.

Vizinhos I/ Em prédio de senador tem tudo. Menos segredos. Na noite em que o senador Rodrigo Rollemberg (que não reside em um funcional) e a senadora lidice da Mata selaram a filiação da ministra Eliana Calmon ao PSB da Bahia, eles se depararam justamente com o senador Armando Monteiro Neto (PTB-PE), hoje adversário dos socialistas.

Vizinhos II/ O senador pernambucano não teve dúvidas a respeito do acordo fechado entre Lidice e Eliana com o aval do líder socialista no Senado. Em tempo: outros senadores que chegavam de jantares na cidade perceberam que a ministra foi embora dirigindo o próprio carro. Exemplo que muitos» aliás» deveriam seguir em todas as instâncias e esferas de poder.

Fonte: Correio Braziliense

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