domingo, 6 de outubro de 2013

PPS não vai apoiar parceria entre Marina e Campos agora

Segundo presidente do partido, Roberto Freire, a união é um “grave equívoco”

BRASÍLIA - Depois de ter sido preterido por José Serra e Marina Silva na oferta para que se candidatassem à presidência em 2014, o PPS decidiu não apoiar neste momento a união entre Marina e Eduardo Campos, embora o partido também articulasse um provável apoio futuro ao candidato do PSB. Mais à frente, porém, o presidente do PPS, Roberto Freire, não descartou um apoio à dupla de oposição a Dilma Rousseff na presidência.

Segundo Freire, é um "grave equívoco" a união entre Marina e Campos neste momento porque reduz o número de candidatos fortes à eleição do próximo ano, o que contribuiria a uma disputa decidida apenas em segundo turno. Freire lembrou que esta será a segunda perda de candidato forte à eleição do ano que vem para a oposição, depois da decisão de Serra de permanecer no PSDB.

- Se Marina desistir e se associar a Eduardo e isso resultar na abdicação de uma candidatura, eu considero isso um grave equívoco neste momento - disse Roberto Freire, presidente do PPS, ontem, pouco antes da entrevista coletiva de Marina

A cúpula do PPS se reuniu ontem pela manhã em Brasília com apoiadores de Marina e com ela própria, onde foi informado da negociação com Campos. Os parlamentares do PPS argumentaram que uma associação futura poderia ser mais interessante para ambos e tentaram sensibilizá-la, mas saíram desiludidos do encontro.

- Dissemos que não era boa a união neste momento (a associação) porque diminuiria o número de opções para a cidadania, o que seria ruim para as oposições.

Freire não descartou o eventual apoio à provável parceria entre Campos e Marina mais à frente e, portanto, evitou comentar o impacto da união no eleitorado, mas disse que a união entre Marina e Campos foi um "revés" para a oposição. Para aumentar o número de candidatos de oposição em 2014, o presidente do PPS ainda avalia a hipótese de o partido ter uma nova candidatura própria.

- Precisamos ter outras vozes, é importante o pluralismo no primeio turno. Uma candidatura a menos agora é ruim para a oposição, e não é uma candidatura qualquer - disse Freire, referindo-se à candidatura de Marina.

Fonte: O Globo

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