quinta-feira, 24 de outubro de 2013

"Para o Brasil, seria muito melhor que o leilão tivesse três, quatro concorrentes", diz Eduardo Campos

Eduardo diz não ser alvo de crítica de Lula

Ao responder ao ex-presidente, socialista nega que sua opinião sobre o leilão do Campo de Libra tenha ligação com as eleições: "Da minha parte, não tem nada a ver"

Gabriela López

Embora mantenha a estratégia adotada desde que assumiu discurso de candidato a presidente de criticar o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), preservando, no entanto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), alvo de simpatia dos eleitores, o governador Eduardo Campos (PSB) rebateu ontem o petista ao ser questionado, mais uma vez, sobre o leilão do Campo de Libra - primeiro do pré-sal sob as novas regras do modelo de partilha -, que contou com apenas um concorrente. O resultado foi anunciado esta semana.

Em seu perfil do Facebook, após Eduardo Campos já ter criticado o processo, Lula disse que as pessoas teriam dificuldade de entender os benefícios do leilão por causa da proximidade das eleições.

"Ele pode ter razão em relação a alguns que estão analisando, mas, da minha parte, não tem nada a ver", defendeu-se o governador, durante vistoria às obras do Parque da Macaxeira (leia mais em Cidades). O socialista pregou que tem o direito de "sonhar" que, "para o Brasil, seria muito melhor que o leilão tivesse três, quatro concorrentes".

Para o pré-candidato, as incertezas em relação à recuperação da economia brasileira afastaram investidores. "Já houve um tempo em que a confiança no Brasil era maior do que hoje. Essa é uma questão de caráter geral. Acho que a gente poderia ter, em outro momento, um leilão com mais disputas", anotou.

Marina

O governador também tentou transparecer alinhamento com a ex-senadora Marina Silva, que ingressou no PSB este mês, reforçando seu palanque em 2014. Ele negou que tenha se abalado com a declaração da agora correligionária de que o PSB só entrou no novo patamar de forças políticas por causa da aliança com a Rede Sustentabilidade. "Isso é uma constatação de um processo que fizemos juntos, inclusive. No dia que fizemos a aliança, já falávamos disso. Ela só veio reafirmar aquilo que estava dito por nós mesmos", minimizou.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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