terça-feira, 8 de outubro de 2013

Brasília-DF - Luiz Carlos Azedo

Duas leituras
Há muitas interpretações sobre a nova situação eleitoral criada a partir da filiação de Marina Silva ao PSB depois que a Rede Sustentabilidade teve o registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com a inclinação de a ex-ministra do Meio Ambiente assumir a vice na chapa do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que comanda a legenda, duas hipóteses são mais ou menos consensuais entre gregos e baianos.
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Primeira: sem as candidaturas de Marina e do ex-governador paulista José Serra, que permaneceu no PSDB, as chances de vitória da presidente Dilma Rousseff aumentaram, inclusive no primeiro turno. Essa é a aposta do bloco governista.
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Segunda: Eduardo Campos ganhou mais competitividade e conseguiu neutralizar o ataque especulativo que sofreu do Palácio do Planalto, compensando, em termos eleitorais, com o apoio de Marina, a saída do governador do Ceará, Cid Gomes, e do irmão Ciro do PSB.

Salto alto
Dirigentes do PSB já andam de salto alto com o apoio de Marina Silva. Porém, do ponto de vista objetivo, a legenda saiu perdendo com o troca-troca de deputados: mesmo com a adesão de parlamentares ligados a Marina, como Walter Feldman, de São Paulo, e Alfredo Sirkis, do Rio de Janeiro, que deixaram o PSDB e o PV, respectivamente, a bancada federal diminuiu de 24 para 22 parlamentares. Isso significa menos tempo de televisão e recursos do Fundo Partidário.

Efeitos
A grande incógnita da aliança Rede-PSB é se Marina Silva conseguirá transferir apoio para Eduardo Campos. Nas redes sociais, a reação contra o arranjo entre simpatizantes da Rede, os sonháticos, foi de perplexidade. O presidente do PSB terá que afinar o discurso para seduzir os chamados marineiros.

Entre os militantes do PPS, frustrados com a filiação de Marina Silva ao PSB, cresce a pressão sobre a cúpula da legenda para o lançamento de uma candidatura própria, no caso, o líder da bancada na Câmara, Rubens Bueno, do Paraná.

Retaliação// O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), resolveu obstruir a tramitação da votação de matérias de interesse do PT, como o programa Mais Médicos, até que os petistas deixem de travar a votação da minirreforma eleitoral.

Bióloga/ Deputados da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos (FPDDH) fazem, amanhã, um ato pela libertação da bióloga brasileira Ana Paula Maciel, que está presa em Murmansk, no norte da Rússia, com outros 29 tripulantes do navio Ártico Sunrise por causa de um protesto pacífico numa plataforma de petróleo no Mar de Pécora, na região do Ártico.

Orçamento/ A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deve votar o substitutivo do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) à proposta de emenda à Constituição (PEC) que torna obrigatória a execução orçamentária e financeira das emendas parlamentares ao Orçamento da União. Pelo texto, 50% desses recursos seriam destinados à saúde.

Juros/ Nova alta da taxa de juros começa a ser discutida hoje pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A taxa básica de juros (Selic) está em 9% ao ano. A tendência é de aumento de meio ponto percentual.

Descenso
Convocada com objetivo de mobilizar 1 milhão de pessoas, a passeata de professores ontem à noite no Rio de Janeiro fechou a Avenida Rio Branco, mas não alcançou a envergadura desejada pelo Sindicato dos Professores. A Justiça decidiu manter o desconto dos dias parados e multar a entidade por cada dia de paralisação.

Crianças
A comissão parlamentar de inquérito que investiga o tráfico de pessoas no Brasil ouve hoje representantes do Facebook acerca da demora na entrega de dados para serem utilizados em investigações judiciais relacionadas a adoções ilegais de crianças. Segundo a polícia, as crianças eram oferecidas por até R$ 50 mil

Fonte: Correio Braziliense

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