segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Oposição vai pedir para TSE reavaliar contas de Dilma

Políticos querem que tribunal investigue se PT pagou cabos eleitorais 'por fora', o que seria crime de caixa dois

PT e núcleo financeiro da campanha da presidente dizem que todas as contas de 2010 foram aprovadas

SÃO PAULO - Políticos e partidos da oposição cobraram ontem que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) reexamine a prestação de contas da presidente Dilma Rousseff referente à campanha eleitoral de 2010.

Conforme reportagem da Folha publicada ontem, cabos eleitorais que aparecem na prestação de contas da candidata do PT como voluntários afirmaram terem sido pagos pelo trabalho.

Pelo menos 12 pessoas localizadas em Mato Grosso e no Piauí disseram nunca ter atuado de graça na campanha da presidente.

Efetuar pagamentos de campanha e não declará-los à Justiça Eleitoral é considerado crime de caixa dois.

O PT e os coordenadores da campanha de Dilma afirmaram que todas as contas foram aprovadas pelo TSE.

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), afirmou em nota que "são extremamente graves as denúncias publicadas".

Possível candidato ao Planalto em 2014, ele disse que o PSDB estudará medidas que poderão ser adotadas contra o PT e disse que aguarda explicações da presidente Dilma Rousseff sobre o caso.

Para o presidente do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), o Ministério Público Eleitoral deve pedir que o TSE reexamine as contas da campanha de 2010, todas elas já aprovadas pelo tribunal.

"É desonestidade e fraude. Mais uma malfeitoria do governo Lula-Dilma", disse Roberto Freire.

Sobre um pedido do partido para se investigar novamente as contas de 2010, ele se diz desanimado.

"Se o tribunal não rejeitou as contas do mensalão, vai criar algum problema por causa disso?", indagou.

O DEM, outro partido da oposição, também quer nova análise nas contas da presidente. Segundo o líder do partido na Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (GO), há "fortes indícios de que houve uso de caixa dois na campanha" do PT.

Fonte: Folha de S. Paulo

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