sábado, 28 de setembro de 2013

Marina afirma não temer rigor do TSE em julgamento da Rede

Ex-senadora visitou ministra da corte para expor seus argumentos

Ranier Bragon

BRASÍLIA - A poucos dias de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidir se a Rede Sustentabilidade poderá disputar as eleições de 2014, a ex-senadora Marina Silva disse ontem não temer eventual rigor dos ministros da corte na análise do registro do partido.

Para que ela consiga disputar o Palácio do Planalto no ano que vem, o TSE precisa aprovar a sigla até sábado da semana que vem. O julgamento está previsto para quarta ou quinta-feira.

Ontem, a ex-senadora visitou a ministra Luciana Lóssio. Trata-se do sexto integrante do tribunal que Marina procura nos últimos dias para apresentar seus argumentos. Ao todo, sete ministros julgarão o pedido.

"Não nos preocupamos com os que estão dizendo que [os ministros] são rigorosos. Isso é totalmente compatível e vem ao encontro do rigor que tivemos", disse a ex-senadora, para quem o partido conseguiu cumprir a regra da lei que exige a coleta mínima de 492 mil assinaturas de apoio pelo país.

"Apresentamos uma série de razões pelas quais compreendemos ser justa a nossa petição de registro da Rede Sustentabilidade. Se contabilizadas as 95 mil assinaturas anuladas injustificadamente, a Rede tem mais de 550 mil assinaturas, portanto está apta ao seu registro."

A Rede apresentou ao TSE apenas 440 mil assinaturas validadas pelos cartórios eleitorais do país, 52 mil nomes a menos do que o mínimo exigido em lei.

Na noite de ontem, o partido entregou ao TSE requerimento pedindo a inclusão de novo lote de assinaturas que, segundo a Rede, faz com que o total de nomes validados chegue a 462 mil --30 mil a menos do que o exigido.

É por esse motivo que a Rede pedirá ao TSE que adote uma postura inédita e considere válidas as assinaturas que, após análise dos cartórios, foram recusadas por alguma divergência com o banco de dados oficial.

Segundo a Rede, a motivação para a recusa desses lotes de assinatura não foi divulgada pelos cartórios, o que seria ilegal na visão do partido.

Fonte: Folha de S. Paulo

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