segunda-feira, 1 de julho de 2013

Reunião de oposição e Dilma não deve ocorrer

Agora PSDB diz não ver sentido em encontro, anunciado semana passada

BRASÍLIA - Anunciada semana passada, a reunião que a presidente Dilma Rousseff faria com parlamentares da oposição hoje não deverá ocorrer, nem ser agendada para breve. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse ontem que não houve sequer convite por parte do Palácio do Planalto e, mesmo que a oposição fosse chamada, não faria sentido encontrar-se com Dilma neste momento.

- Reunião para quê? É algo que perdeu o sentido, tornou-se inócuo, inoportuno. Dissemos que estaríamos dispostos a discutir a pauta que está nas ruas: Transporte, Saúde, Educação, serviços públicos. Mas a presidente não tocou nesses assuntos. E agora quer uma reunião para nos comunicar quais perguntas pretende fazer no plebiscito (sobre reforma política) - disse Sampaio.

Na mesma linha, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que é contrário a uma reunião a portas fechadas com Dilma:

- É uma manobra diversionista, uma encenação que não produziria nada neste momento. Não vejo razão para a oposição ir a esse encontro, a menos que fosse uma audiência pública transmitida ao vivo para todo o país. A presidente já se antecipou e propôs um plebiscito apressado, inconsequente - declarou Dias.

O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que não recebeu convite nenhum de Dilma nem de qualquer ministro:

- Reputo como uma brincadeira da imprensa, não tem nenhuma reunião agendada - ironizou.

Agripino afirmou estar disposto a comparecer a uma reunião com a presidente, mas para discutir outros temas, como recursos para a Saúde e redução do número de ministérios.

O Palácio do Planalto chegou a divulgar que preparava uma reunião entre Dilma e líderes da oposição, que ocorreria inicialmente na sexta-feira e teria sido transferida para hoje. Interlocutores da presidente explicaram que o encontro faria parte de uma rodada de reuniões que ela tem feito para ouvir políticos e entidades sociais sobre os cinco "pactos pelo Brasil" propostos na última segunda-feira.

Assessores no Planalto afirmaram que a oposição havia pedido para que a reunião ocorresse depois do fim de semana, para chegarem à Presidência com uma posição afinada. Por fim, passaram a dizer que a oposição tem dificultado o agendamento. O encontro ainda não foi descartado oficialmente pelo Planalto. Fontes da Presidência dizem, no entanto, que a última coisa que Dilma quer neste momento é ouvir a oposição.

Fonte: O Globo

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