terça-feira, 16 de julho de 2013

Focus: analistas reduzem a projeção de crescimento do PIB para 2,31% este ano

Estimativa para a indústria piora, caindo de 2,34% para 2,23%

Gabriela Valente

BRASÍLIA - Após a queda da economia em 1,4% em maio, os analistas revisaram para baixo a previsão de expansão da atividade este ano. Segundo a pesquisa semanal Focus, que o Banco Central (BC) faz com as instituições financeiras, a projeção caiu de 2,34% para 2,31%. Foi a nona queda seguida. O aumento do pessimismo em relação ao crescimento do Brasil este ano faz as expectativas se distanciarem cada vez mais da estimativa do BC de 2,7% de crescimento em 2013.

As perspectivas para a fragilizada indústria brasileira também pioraram e passaram de 2,34% para 2,23% este ano, na terceira baixa consecutiva. Para os especialistas ouvidos pelo GLOBO, a deterioração das projeções são um reflexo imediato dos recentes números ruins da economia, do comércio e também da produção industrial.

- São os indicadores que não deixam as expectativas melhorarem e fazem os especialistas ficarem cada vez mais pessimistas - diz o economista da Ibmec Gilberto Braga.

Analista: BC deve subir juros

Segundo ele, para tentar inverter a queda das previsões, a equipe econômica deveria dar demostrações mais firmes de compromisso com o equilíbrio fiscal. Além disso, o BC também teria de aproveitar a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, que será divulgada depois de amanhã, para orientar a expectativa de que subirá os juros para controlar a inflação.

Após a alta dos juros básicos na semana passada, de 8% para 8,5% ao ano, os economistas revisaram levemente para baixo a estimativa de inflação para 2013 de 5,81% para 5,8%. Para o ex-diretor do BC e economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn, o Copom deve indicar na ata que manterá o ritmo de alta da taxa Selic nos próximos encontros. Ele prevê mais dois aumentos de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões, além de um último aumento de 0,25 ponto percentual. Com isso, a Selic encerraria o ano em 9,75%.

Fonte: O Globo

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