terça-feira, 23 de julho de 2013

Campos vê 'conotação política' em denúncia

Angela Lacerda

RECIFE - O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, provável candidato do PSB à Presidência, acredita que há conotação política na denúncia sobre suspeita de superfaturamento de contratos do seu governo com a empresa ideia Digital, que levou a Polícia Federal a pedir abertura de investigação ao Ministério Público do Estado.

"A primeira preocupação é de esclarecer e não desqualificar, ter a atenção de responder à sociedade com tranqüilidade e com presteza", disse ele, depois de explicar que nada foi provado em relação a Pernambuco. Agora, ninguém aqui é inocente para achar que não tem interesse político", acrescentou. E repetiu: "Ninguém é inocente".

De acordo com a denúncia, publicada pela Folha de S. Paulo, a suspeita é de financiamento ilegal para campanhas do PSB. A Ideia Digital assinou contratos no valor de R$ 77,5 milhões, em 2011 e 2012, para informatizar escolas no Estado.

"A Polícia Federal não fala, não prova, não comprova absolutamente nada em relação a Pernambuco", afirmou Campos em entrevista depois da 6.s.a Reunião da Sociedade Brasileira da Ciência e Tecnologia (SBPC), no campus da Universidade Federal de Pernambuco.

Os recursos saíram do Ministério da Ciência e Tecnologia. Presente ao encontro da SBPC, o então ministro Sérgio Rezende disse que tudo o que assinou "teve parecer técnico e jurídico" e se houve algum problema, "foi com o executor", O atual ministro, Marco Antonio Raupp, não quis falar à imprensa.

Em sua entrevista, o governador disse ainda que o Inquérito "foi lido por advogados do Esta; do e por controladores de carreira. Tudo o que cabia fazer foi feito". Assim que surgiu a suspeita, prosseguiu ele, o governo acionou a Controladoria-Geral do Estado e reteve os cerca de RS 18 milhões ainda não pagos à Ideia Digital. O Tribunal de Contas do Estado também entrou no caso.

Dessa equipe participa o conselheiro João Campos, primo do governador. Este defendeu também o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, também do PSB e suspeito de envolvimento. Para Campos, Coutinho é "homem sério, honrado e de vi: da pública combativa".

Fonte: O Estado de S. Paulo

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