sábado, 29 de junho de 2013

Presidente deu ‘banana’ para as centrais, diz sindicalista

Líderes da Força Sindical criticaram ontem a presidente Dilma Rousseff, que foi acusada de ignorar as demandas da classe trabalhadora. A Força e outras centrais sindicais se reuniram com a presidente na quarta-feira para levar uma pauta com reivindicações da categoria, mas parte dos presentes reclamou que Dilma os ouviu a contragosto.Os ataques a Dilma foram feitos durante plenária realizada ontem,em São Paulo,para organizar a greve marcada para 11 de julho, em ato batizado como Dia Nacional de Lutas.

“Na quarta, Dilma falou por 40 minutos e, com muita raiva, deixou que a gente falasse. Quando terminou, se levantou e foi embora, sem nenhuma decisão concreta”, disse o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP). “Dilma deu banana para as forças sindicais. Ela não tem compromisso com os sindicalistas”, disse Valdir de Souza Pestana, presidente da Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Estado de São Paulo.

As centrais sindicais decidiram no começo da semana promover uma série de paralisações em todo o País como forma de protestar contra o que consideram uma falta de atenção de Dilma à pauta trabalhista. A categoria também reclama dos poucos encontros que a presidente fez com as lideranças. Desde que assumiu, Dilma esteve duas vezes com representantes das centrais.

Em nota, a Força anunciou que portuários, metalúrgicos, trabalhadores da construção pesada e civil e o setor de transportes vão parar no dia 11 de julho.

Ato. “Será um protesto contra a falta de atendimento de nossas reivindicações. Três anos depois de a presidente ser eleita, nada da pauta trabalhista foi cumprido”, disse Paulinho. O ato terá apoio de outras centrais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central Sindical e Popular (CSP- Conlutas) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT).

Paulinho disse ter se encontrado com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),para falar sobre a greve. Ele disse ao governador que as manifestações serão pacíficas. “Não terá baderna”, garantiu o presidente da Força Sindical.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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