quarta-feira, 12 de junho de 2013

Em busca de apoio a Aécio

Alberto Pinto Coelho vai percorrer estados para convencer correligionários a aderir à campanha tucana. Estratégia serve também como argumento para fortalecer o seu nome ao governo

Luiz Ribeiro

Embora o PP faça parte da base da presidente Dilma Rousseff (PT) e esteja à frente do Ministério das Cidades, na maioria dos estados onde vai lançar nomes próprios aos governos estaduais em 2014 deverá acompanhar a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República. A informação é do vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP), que também é pré-candidato a governador. "O nosso partido já tem nove pré-candidatos a governador, dos quais sete deverão acompanhar o senador Aécio Neves para presidente", disse ele, lembrando que em vários estados o PP já está aliado ao PSDB e deverá manter a aliança na eleição de 2014.

No mês que vem, Alberto Pinto Coelho vai iniciar uma série de viagens a diversos estados para consolidar a adesão de pré-candidatos a governador do PP à candidatura de Aécio à Presidência. "Foi formado um conselho de pré-candidatos a governador do nosso partido e fui escolhido como presidente desse conselho. Nessa condição, vou visitar os companheiros que são pré-candidatos em outros estados para que eles possam abraçar o nome do Aécio", disse o vice-governador. A primeira viagem será ao Amazonas, onde a deputada federal Rebecca Garcia (PP), que é secretária de Governo, será candidata e é disputada também pelo PT, que a deseja no palanque local de Dilma Rousseff.

Segundo Pinto Coelho, na eleição de 2014, o PP deverá repetir o procedimento que adotou em 2010, quando a executiva nacional não formalizou apoio à candidatura presidencial de Dilma, deixando a questão para os diretórios regionais. Por outro lado, salientou que em vários estados já está praticamente definido que a legenda deverá acompanhar a candidatura tucana em 2014. De acordo com o vice-governador, nos três estados da Região Sul, o PP vai se aliar a Aécio por causa da proximidade dos líderes regionais com o PSDB ou em função das disputas locais com o PT. No Rio Grande do Sul, o PP deverá lançar a senadora Ana Amélia como candidata ao governo para enfrentar o governador Tarso Genro (PT), candidato à reeleição. "No Paraná, o nosso partido já está na base do governador Beto Richa (PSDB). Em Santa Catarina, temos as lideranças do deputado federal Espiridião Amin e da ex-prefeita Angela Amin (Florianopolis), que não ficam com o PT e também devem acompanhar Aécio", informou Pinto Coelho. Segundo ele, são também muito prováveis as pré-candidaturas aos governos estaduais com palanques aliados a Aécio em Rondônia (senador Ivo Cassol); no Amazonas (deputada Rebecca Garcia); e em Alagoas (senador BeneditoLira).

No Piauí, disse ele, o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, que tem base naquele estado, articula apoio do partido à candidatura do ex-prefeito de Teresina, Silvio Mendes (PSDB). Mendes terá pela frente o governador Wellington Dias (PT), que vai disputar a reeleição. Segundo Pinto Coelho, as maiores dificuldades do PP para oferecer palanques a Aécio estão na Paraíba e na Bahia. A Paraíba é o berço do atual ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, enquanto o território baiano é a terra natal de Mário Negromonte, ex-titular da pasta.

Defesa Ao mesmo tempo em que trabalha para o senador do PSDB Aécio no plano nacional, Alberto Pinto Coelho busca fortalecer o seu próprio nome na "disputa interna" do grupo de sustentação ao governo Antonio Anastasia (PSDB). Aliás, os apoios que tenta angariar do PP no plano nacional à candidatura de Aécio Neves são um forte argumento a apresentar ao grupo tucano, em defesa de seu próprio nome. Há no grupo palaciano três concorrentes tucanos ao Palácio da Liberdade: o presidente da Assembleia Legislativa, Dinis Pinheiro; o deputado federal Marcus Pestana (presidente estadual do PSDB) e o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Narcio Rodrigues. O candidato da situação terá como principal adversário o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT).

Fonte: Estado de Minas

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