quinta-feira, 13 de junho de 2013

Campos, ressalvas à política econômica de Dilma

Débora Duque

A despeito dos rumores de que estaria prestes a dar um passo atrás em seu projeto presidencial, o governador Eduardo Campos (PSB) voltou a aproveitar o mote econômico para lançar questionamentos sobre o governo federal. No dia em que a presidente Dilma Rousseff (PT) anunciou a abertura de linhas de crédito para subsidiar a compra de eletrodomésticos e móveis para os beneficiários do programa "Minha Casa, Minha Vida", o socialista afirmou que as políticas de estímulo ao consumo "não resolvem" os problemas da economia do País."Se você me perguntar se ajuda ou atrapalha, eu digo que ajuda mais do que atrapalha. Agora, resolve? Só isso não resolve. Isso é um consenso. Até os economistas do governo que estão no Ministério da Fazenda sabem que é preciso fazer mais", disse. De acordo com Eduardo, é necessário, neste momento, aumentar os investimentos públicos e privados, além de intensificar as exportações.

Na condição de "aliado" da presidente, ele reconheceu que o governo federal tem tentado seguir essa receita ao iniciar, por exemplo, os processos de concessões públicas de rodovias, ferrovias e portos. "O governo está querendo animar os investimentos. O que acontece é que as políticas na direção do consumo terminam tendo solução mais rápida. São coisas que saem do papel com maior rapidez do que o investimento, que é mais complicado e é o que o precisamos neste momento".

Ao mesmo tempo em que fez suas ressalvas sobre o campo econômico, Eduardo criticou, sem citar nomes, quem se utiliza da queda da aprovação do governo Dilma ou dos baixos índices de crescimento na economia para extrair ganhos eleitorais. Disse que a "oposição" precisa "pensar o Brasil" junto com os aliados do governo. "Tanto nós que somos da base e os que estão na oposição que, um dia, podem voltar ao governo e que, hoje, já governam Estados importantes, têm que pensar no Brasil, naquilo que é importante fazer agora para ajudar o País e animar a economia".

Fonte: Jornal do Commercio (PE)

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