domingo, 19 de maio de 2013

FH: novo líder tem que aproximar PSBD do povo

Ex-presidente diz que o futuro da legenda dependerá de Aécio

Vinicius Sassine

BRASÍLIA - Figura central nas articulações para pacificar o PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso cobrou do novo presidente nacional do partido, senador Aécio Neves (MG), uma maior aproximação da legenda com a população. Citado em todos os discursos dos tucanos presentes e principal nome na 11ª Convenção Nacional do PSDB, Fernando Henrique defendeu mudanças na legenda e colocou Aécio - pré-candidato à Presidência da República - como o responsável por promover a transformação desejada para a sigla. No discurso de 23 minutos, ele não citou expressamente a escolha do senador mineiro para ser o candidato tucano na disputa presidencial.

- O PSDB tem de ser muito próximo do povo, da população. Hoje, as forças dinâmicas no Brasil são principalmente os jovens e as mulheres. Estes terão de ser nossos principais interlocutores. O povo precisa de carinho - disse o ex-presidente, dirigindo-se a Aécio.

Fernando Henrique aconselhou que correligionários "amassem barro com os pés", numa referência à necessidade de percorrer o país para aproximar o partido da população. Para o ex-presidente, a condução do futuro da legenda dependerá de Aécio.

- Eu sei o carinho que Aécio tinha pelo avô Tancredo Neves, que cobrava dele. Nós vamos cobrar dele também, que ele ponha essa juventude e entusiasmo a serviço de uma causa, de um novo salto que o Brasil precisa dar. As pessoas têm de sentir que não somos melhores do que ninguém - afirmou.

FH partiu para o ataque às gestões do PT, mas evitou qualificar diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Quando citou Lula, militantes tucanos presentes à convenção chamaram o petista de "ladrão":

- Venho ouvindo gnomos morais, gente que não tem qualificação, falarem sobre o que nós fizemos de maneira deturpada, sem ter moral, reinventando a história, porque eles jogaram na lata de lixo a história deles. Eles repudiaram a própria história e aderiram à nossa. Quando eu vejo isso, tenho tristeza, não revolta.

Fonte: O Globo

Nenhum comentário: