quinta-feira, 2 de maio de 2013

Aécio Neves pede governo para os trabalhadores

Beatriz Bulla

Para uma plateia de trabalhadores, o senador tucano Aécio Neves (MG) fez discurso pedindo um governo que não converse só com o empresariado. "É preciso que tenhamos um governo que não tenha apenas pauta permanente com o empresariado, mas também com os trabalhadores", disse o tucano, com um tom crítico em relação ao governo petista da presidente Dilma Rousseff.

Em cima do palco na festa de comemoração de 1º de Maio, na praça Campo de Bagatelle, zona norte da cidade, Aécio afirmou que o País "não pode se contentar com pouco". "O Brasil vem avançando e vem crescendo não por obra de um governo ou partido político, mas por seus trabalhadores", disse o senador, ao começar o discurso.

Durante todo o início do ato político, quando os principais representantes das centrais sindicais saudavam o público, Aécio ficou em primeiro plano, no centro do palco. Os petistas Fernando Haddad, prefeito da capital, e Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, ficaram atrás da primeira linha de oradores e não apareciam para o público.

O senador afirmou que todas as conquistas dos últimos anos só foram possíveis porque "tempo atrás um grupo de homens públicos debelou a inflação", referindo-se ao lançamento do Plano Real, criado no governo Itamar Franco, em 1994, e que abriu caminho para a primeira eleição do tucano Fernando Henrique Cardoso. O tema da inflação foi levado à plateia não só por Aécio, mas pelos dirigentes de centrais sindicais.

Cotado para ser o candidato do PSDB para enfrentar Dilma em 2014 nas eleições presidenciais, Aécio vem criticando a política econômica petista e costuma ressaltar que os méritos do governo do PT são heranças da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O senador mineiro defendeu a liberdade e a democracia e disse que estará vigilante sempre que quiserem "atacá-las". Nesse momento, mencionou a tentativa de cercear o poder do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo Congresso, o poder de investigação do Ministério Público e a criação de partidos.

"Vamos, sem radicalismo, sem dividir um país em dois, construir um País mais justo", afirmou.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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