quinta-feira, 4 de abril de 2013

O silêncio de Serra

Na primeira aparição pública após faltar à celebração do PSDB paulista à candidatura presidencial do senador Aécio Neves (MG), o ex-governador José Serra disse que o partido "estava bem", mas afirmou que não falaria sobre política ou sucessão presidencial de 2014. Serra participou, na manhã de ontem, de um debate no Instituto Brasileiro de Direito Público (IDP), em Brasília, para comemorar os 25 anos da promulgação da Constituição Federal de 1988.

Em seu pronunciamento, contudo, Serra — que estava nos Estados Unidos no dia da festa para Aécio — disparou diversos comentários de duplo sentido. Em um deles, criticou os políticos da época, lembrando que, durante a Assembleia Constituinte, "tudo o que tinha relação com Tancredo Neves ganhava ares de sagrado". Questionado se a frase poderia ser transposta para os dias atuais, já que Aécio é neto de Tancredo, Serra despistou: "As situações do passado não têm relação com o presente. Isso é imaginação de vocês".

Ao falar sobre as batalhas políticas travadas em torno do aumento dos gastos públicos, Serra disse que "não existe direita ou esquerda quando se negociam questões orçamentárias. O que há é uma união de todos contra o erário", completou. Um aliado de Serra comentou ainda que ele está "muito mais leve" após o encontro que teve com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, há duas semanas. "Serra mostrou ao PSDB que precisa ser ouvido nesse debate", declarou o tucano paulista. (PTL)

Fonte: Correio Braziliense

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